Vendas do Comércio de Ribeirão Preto crescem apenas 1% em março

Índice de Confiança também diminuiu em curto e longo prazos

25% dos consumidores de Ribeirão farão compras de última hora
Movimento de pessoas no calçadão, um dos principais pontos de comércio da cidade | Foto: Guilherme Sircili

As vendas do Comércio Varejista de Ribeirão Preto tiveram tímido crescimento de 1% em março de 2025, com viés de estabilidade, na comparação com o mesmo período do ano anterior quando foi registrada alta de 1,5% em relação a 2023. É o que aponta o levantamento do SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e da CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas), por meio do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV).

“Essa pequena variação positiva só foi possível porque boa parte da renda gerada nas cidades da região acaba desaguando no Varejo de Ribeirão Preto e, também, porque os lojistas daqui estão fortalecendo o hábito de trabalhar melhor o Dia do Consumidor (15/3) como boa oportunidade de vender mais”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV/SINCOVARP/CDL RP.

Empregabilidade

Em março, o percentual de variação entre vagas abertas e fechadas, no mercado de trabalho varejista local, apontou alta de 2% na comparação com o mês anterior, muito pelo fato de os empreendedores realizarem ativações não apenas no Dia do Consumidor, mas também considerando o conceito de semana ou mês do consumidor. “Nessa data sazonal, que se fortalece a cada ano no calendário varejista, o e-commerce também acontece de forma muito intensa o que acaba ‘forçando’ as lojas físicas a se movimentarem com mais ofertas e promoções, até para chamarem a atenção dos consumidores”, diz Galli.

Índice de Confiança

Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes), em março, ficou em 2,7 pontos (ante 3,1 pontos na pesquisa de fevereiro), considerado intermediário.

E o Índice de Confiança de longo prazo (olhando para os próximos 12 meses) ficou em 2,8 pontos (ante 3,0 pontos, em fevereiro), também intermediário.

“O nível de confiança do empreendedor lojista costuma ser muito influenciado pela situação de momento. Se as vendas vão mal, o otimismo acompanha a tendência. O consumo está desaquecido porque o poder de compra do consumidor diminuiu, gerando insegurança e cautela. O cenário macroeconômico apresenta alta da inflação, da taxa de juros, da inadimplência e do endividamento das famílias. Até agora 2025 está sendo ruim para o Comércio Varejista, como um todo, e a perspectiva não é das melhores até o final do ano”, finaliza Diego Galli Alberto.

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