O Ministério Público vai investigar se houve ato de improbidade administrativa no caso da assessora do vereador Lincoln Fernandes (PDT). Uma reportagem exclusiva do Grupo Thathi revelou que Erika Juliana Custódio Vieira viajou para o Rio de Janeiro durante uma semana de março, mas assinou ponto na Câmara de Ribeirão Preto como se tivesse trabalhado. Um dia após a denúncia, o parlamentar anunciou a exoneração da funcionária.
“Após tomar conhecimento dos fatos e não compactuar com a situação, determinei que a servidora proceda a devolução dos valores recebidos no período corresponde à ausência no trabalho, bem como comuniquei-a sobre a minha decisão de exonerá-la”, diz a nota encaminhada ao Portal Thathi Notícias pela assessoria de Fernandes.
Mesmo com a demissão, o caso será investigado pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira. “Já foi instaurado um procedimento e nele eu proferi despacho determinando a requisição de informações do Presidente da Câmara, inclusive cópia das folhas de presença da servidora, nos meses de março, abril e maio de 2022”, afirmou o representante do MP.
A viagem
Segundo fotos postadas em uma rede social, a agora ex-assessora de Lincoln Fernandes esteve no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 19 de março, uma semana útil. Mesmo assim, a folha de ponto entregue pelo gabinete do vereador à Coordenadoria Administrativa, responsável pelo pagamento dos funcionários, atestava a presença dela em seu local de trabalho, a mais de 700 km de distância da capital fluminense.
Questionado antes da publicação da matéria, o vereador declarou ter autorizado a viagem da auxiliar, mas não a “assinatura da folha”.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Câmara de Ribeirão Preto informou que o procedimento para eventual restituição dos valores recebidos pela ex-funcionária foi instaurado e aguarda avaliação dos setores responsáveis.