O advogado Matheus Fernando, que defende a família da professora morta aos 37 anos por envenenamento, comentou sobre os rumos da investigação policial envolvendo o falecimento da vítima, em março.
De forma exclusiva, em entrevista ao programa TH+ Cidade desta quinta-feira (08), o advogado contou a atual condição da família da professora, tratou sobre depoimentos recentes e o atual momento da investigação, além da relação do sinistro com mortes passadas.
“A família está sem palavras, não acreditando que houve esse envenenamento. Eles querem justiça”, explicou. “Não queremos levantar falsos testemunhos e acabar com a família (acusada), que ainda temos respeito”, disse Fernando.
Em relação a motivação do crime, o advogado ainda busca esclarecimentos. “A família quer saber o motivo, se foi patrimonial ou não. Se foi ou não um homicídio, eles não vão falar o porque. A gente só quer saber o motivo”, afirma.
Ainda conforme narrado pelo advogado de defesa, a testemunha “fazendeira” depôs à Polícia Civil nesta terça-feira (06). “Ela (acusada) pediu realmente um pouco de chumbinho, mas a mulher (fazendeira) disse que não ia fornecer. Em seguida, pediu onde poderia comprar”, explicou. “Agora, (o delegado) só quer saber onde foi comprado”.
“A família gostaria de abraçar todos que estão ajudando, indireta e diretamente”, finaliza o advogado. “Não vai parar por aí. Vai ter mais coisa”, conclui.
Os principais suspeitos do crime estão detidos desde terça-feira (06). Após audiência de custódia, as partes foram conduzidas a diferentes presídios da região, de forma preventiva. O crime segue sendo investigado.
Assista a entrevista na íntegra:
O que diz o Boletim de Ocorrência
Uma professora de 37 anos foi encontrada morta em um apartamento localizado no bairro Jardim Botânico, em Ribeirão Preto. O corpo foi encontrado em 22 de março.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado como morte suspeita, o corpo teria sido localizado por um médico, que acessou o apartamento e passou a buscar pela vítima nos cômodos do imóvel em seguida à falta de qualquer resposta ou manifestação a respeito das indagações da testemunha.
Durante as buscas, a vítima foi encontrada desfalecida no banheiro. Diante do encontro da professora, a testemunha, conhecida de medicina, passou a prestar os primeiros-socorros.
A vítima foi colocada em uma cama para atendimento inicial e, além de prestar socorro, o homem também acionou as autoridades. Uma equipe médica do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada e compareceu ao edifício.
A professora teve a morte atestada ainda no apartamento, tendo sido o corpo encaminhado para exames póstumos no IML (Instituto Médico Legal).
