O médico Matheus Gabriel Braia foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo após ser acusado de participar e aplicar um trote machista aos calouros do curso de medicina da Universidade de Franca. Caso aconteceu em 2019.
Segundo o promotor Paulo César Côrrea Borges, que exigiu uma indenização de R$39.920, o médico “ultrapassou a linha da liberdade de expressão e do humor” e acabou “atingindo diretamente a honra, a integridade psíquica e a liberdade sexual de todas as mulheres”.
A defesa do acusado afirmou que “Matheus apenas fez repetir um ‘juramento’ que vem sendo utilizado há anos” e que tudo não passou de uma brincadeira.
O TJ acatou a argumentação e absolveu Matheus em primeira instância. O Ministério Público ainda pode recorrer ao caso.
Juramentos
No trote, era comum que garotos e garotas tivessem juramentos distintos. As calouras eram obrigadas a dizer frases como: “juro, solenemente, nunca recusar uma tentativa de coito de um veterano, mesmo que eles cheirem a “cecê vencido” e elas a perfume barato”.
Já os calouros diziam coisas como: “Prometo usar, manipular e abusar de todas as dentistas e facefianas (alunas de outra faculdade, a Facef) que tiver oportunidade, sem nunca ligar no dia seguinte”. Confira o vídeo:
Segundo assessoria da UNIFRAN, “Em resposta ao Portal TV Thathi, a Universidade de Franca esclarece que não comenta sobre decisões judiciais e continua com as ações preventivas de conscientização contra o trote.”