Fernanda Bufoni
Pesquisa da Associação Brasileira de Benefício ao Trabalhador (ABBT) revelou que o preço da refeição fora de casa custa em média R$ 56,86 em Ribeirão e é a mais cara do Brasil.
No Estado de São Paulo, por exemplo, ao comer em restaurantes e lanchonetes de forma geral, o trabalhador paga R$ 43,01 e a média nacional é R$ 40,64.
O mesmo estudo apontou aumento de 62% no preço do almoço padrão com arroz, feijão, carne, um acompanhamento, salada, bebida, sobremesa e café, nos últimos 12 meses
Para a professora de economia Beatriz Selan, a alta no valor do ticket médio de alimentação se deve a quatro fatores principais: o momento de aceleração inflacionária, o retorno às atividades pós-pandemia, o perfil da cidade e a preferência pelo uso de aplicativos para delivery.
“Com o comer fora de casa e a compra da cesta básica a gente acaba tendo um consumo quase de 60% da renda do trabalhador médio, que é de R$ 2.548, segundo o IBGE. Sobra pouco para o resto do orçamento, por isso é hora de pesquisar muito antes de comprar” disse a economista.
Essa racionalização dos gastos não é exclusividade do consumidor final, os empresários do setor também têm de se virar para manter as margens de lucro em um limite que permita a sobrevivência do negócio.
“A gente tem de fazer mágica, ter uma gestão muito profissional porque a gente viu que nossos custos aumentaram muito e a gente não tem como repassar isso ao consumidor”, afirmou Joaquim Araújo, proprietário de uma padaria na Vila Tibério.
“Quando a gente tem a variação de preços como agora, com as matérias-primas cada vez mais caras, as empresas não podem só cortar custos, mas têm de se tornar seus processos mais eficientes para segurar o máximo dessa variação de preços e não espantar o cliente”, finalizou a economista,