Vídeo: Sessão da Câmara tem protesto contra o vereador Ramon Faustino

Mulheres usaram mordaças e cartazes para criticar o parlamentar, que responde a processo no Conselho de Ética por assédio

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Amordaçadas, mulheres seguraram cartazes no plenário por cerca de uma hora

Um grupo formado por cerca de 20 mulheres aproveitou a sessão desta terça-feira (13) da Câmara de Ribeirão Preto para protestar contra o vereador Ramon Faustino (Psol). Elas usaram mordaças e cartazes para criticar o parlamentar, que reponde a um processo no Conselho de Ética da Casa por supostos casos de assédio moral e sexual.

Elas permaneceram em silêncio e com suas bocas tampadas, enquanto ergueram os cartazes por mais de uma hora no Plenário.

Ramon é investigado por, supostamente, usar o cargo para pressionar a ex-namorada, Viviane Silva, a retomar o relacionamento. Ela acusou o parlamentar de ameaça e perseguição e obteve, na Justiça, medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. A ex-assessora Patrícia Cardoso também o acusa de assédio moral, por demiti-la durante a vigência de um atestado médico.

Em nota, o parlamentar defendeu o direito de manifestação das autoras do protesto, mas contestou o conteúdo do protesto.

“O Legislativo municipal é a casa do povo e um local de livre manifestação, porém o que vimos é mais uma articulação no sentido de manchar a minha imagem como vereador. O mesmo grupo descontente com o desligamento do mandato tenta agora se articular pedindo minha cassação. De todas as acusações apresentadas pelas ex-assessoras, nenhuma fala de abuso sexual, ressalta-se que não há nenhuma acusação de abuso sexual, o que demonstra uma clara má fé já que essa foi a principal acusação ventilada em redes sociais, gerando notícias que estamparam o meu rosto nos jornais nas últimas semanas”, diz o texto.

Confira imagens do protesto:

Conselho de ética

Ramon deve entregar nesta quarta-feira (14), ao Conselho de Ética, sua defesa preliminar contra o pedido de cassação feito por Patrícia e Viviane.

Depois de analisar a manifestação do vereador, os integrantes da comissão processante devem avaliar a necessidade de convocar os primeiros depoimentos sobre o caso.