Consideradas de segunda geração, as vacinas bivalentes protegem contra a variante original do novo coronavírus, da Província de Wuhan (China), e contra as últimas subvariantes da Ômicron. Esta última é mais transmissível, porém mais branda, com o vírus se concentrando na garganta e não atingindo os pulmões. A variante original é menos contagiosa, porém mais perigosa e mais mortal.
Os imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para facilitar a identificação. As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA mensageiro, em que uma parte da proteína spike, responsável pela fixação do vírus nas células, é injetada para estimular a produção de anticorpos.
Em agosto, a Pfizer enviou à Anvisa o primeiro pedido de análise da vacina bivalente que protege contra a subvariante Ômicron BA.1. No fim de setembro, a fabricante entrou com o segundo pedido de análise, contra as subvariantes BA.4 e BA.5.
A decisão da agência ocorre no momento de aumento de casos no país ligados à circulação de uma nova subvariante da Ômicron. Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu alerta sobre a circulação de novas linhagens no país. Uma delas reduz as barreiras para o vírus entrar nas células humanas. A outra aumenta o risco de reinfecção.
Brasil recebe 1,6 milhões de doses
O Brasil ganhou reforço na campanha de vacinação contra a Covid-19. Mais 1,6 milhão de doses bivalentes BA1 desembarcaram no País na noite deste domingo (11), pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Nos próximos dias, o Ministério da Saúde publicará nota técnica com orientações sobre público-alvo, aplicação e distribuição dos imunizantes.
Na noite desta segunda-feira (12), está prevista ainda a chegada de mais 1,4 milhão de vacinas bivalentes. As doses são fabricadas pela Pfizer, que tem contrato assinado com a Pasta da Saúde para a entrega de todos os imunizantes disponíveis, com as atualizações, e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As vacinas bivalentes devem ser identificadas por tampa na cor cinza, com cada frasco contendo seis doses. As doses BA1 protegem contra a variante Ômicron original e a variante BA1. Em breve, o Brasil também contará com imunizantes adaptados às variantes Ômicron BA4 e BA5.
Até agora, o Brasil já recebeu mais de 3,1 milhões de vacinas bivalentes para o combate à Covid-19. O primeiro lote chegou na sexta-feira (9), com 1,4 milhão de doses.
O Ministério da Saúde reforça que as vacinas disponíveis nas unidades de saúde são eficazes para a proteção contra o coronavírus. Quem ainda não se vacinou, deve procurar o posto de saúde mais próximo e tomar a dose de reforço.