Voluntários garantem o sucesso dos Jogos da Juventude

Voluntários dos Jogos da Juventude garantem o sucesso do evento
Danilo Moura e Carlos Cruz nos Jogos da Juventude - Foto: Alexandre Loureiro/COB

Um evento multiesportivo como os Jogos da Juventude é feito por centenas de pessoas. Por trás de toda a estrutura, logística e funcionamento das arenas estão aqueles que colaboram para que tudo saia conforme o planejado: os voluntários.

O trabalho exige muita disposição, vontade de aprender, além de carisma, paciência e compromisso para ajudar os mais de quatro mil atletas envolvidos nas competições. Em Ribeirão Preto, sede dos Jogos da Juventude 2023, 944 pessoas fizeram o cadastro para exercer a função e 150 voluntários passaram no processo.

A maior demanda é na área de transportes, mas tem também o refeitório, entrega dos kits na chegada dos atletas, almoxarifado, suporte nas instalações esportivas, Centro de Convivência, setor de viagens, hospedagem e cerimônia de premiação.

Um dos selecionados nesse processo foi o gerente de marketing esportivo Carlos Cruz. Natural de Sertãozinho, município de São Paulo, ele atuou como voluntário dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e pela primeira vez participa dos Jogos da Juventude.

“Estar aqui é motivo de gratidão e um aprendizado amplo de conhecimento. Para nós que somos da área é sempre bom prestar algum suporte, principalmente para a juventude. Nos Jogos Olímpicos tive a oportunidade de trabalhar por 30 dias como motorista voluntário e visitar todas as instalações. É gratificante essa experiência, traz amadurecimento. Onde precisarem de mim, estou pronto para ajudar”, contou Carlos.

Outro voluntário que participa dos Jogos da Juventude pela primeira vez é o estudante de Engenharia do Petróleo Danilo Moura, que é de Ribeirão Preto, mas faz faculdade em Santos (SP). Trabalhar como voluntário em um evento esportivo fazia parte dos planos desde 2016, quando tentou participar dos Jogos Olímpicos do Rio.

“O principal dessa função é querer estar aqui desde a hora que abre até a hora que fecha, além de ser curioso. Passei por todas as áreas, fiz amizades, e digo que quem quer ser voluntário tem que vivenciar cada segundo, do primeiro ao último dia. Sempre gostei de esporte e estou vivendo intensamente tudo isso. Tanto que, nos meus dias de folga, eu quero continuar trabalhando, porque está sendo incrível”, disse Danilo.

“Estou aqui desde antes da montagem e não tinha noção de como funcionava a estrutura. Saio com uma visão diferenciada sobre evento esportivo, principalmente do que o COB pode oferecer. Os atletas que estão sendo formados no nosso país são de altíssimo nível e eu não tinha essa dimensão. Agora terei outros olhos para os Jogos Olímpicos, pois ao ver o atleta de alto rendimento terei a consciência de como foi a jornada”, completou.

Trabalho que abre portas

O currículo da gestora de turismo Ana Cristina Caramelo é extenso. Em 2015 ela participou como voluntária dos Jogos Pan-americanos de Toronto. Depois veio a oportunidade de trabalhar nos Jogos Olímpicos Rio 2016, no torneio de tênis Miami Open e nos Jogos da Juventude Aracaju 2022. Este último trabalho abriu as portas para que ela fosse contratada no setor de hospedagens em Ribeirão 2023.

“Isso é algo que faz parte de mim. Trabalho com esporte desde que me formei. Eu pegava as minhas férias e fazia esses trabalhos como experiência. Com a pandemia tivemos que parar, mas ano passado eu vi que tinha aberto o processo para voluntários dos Jogos da Juventude, que particularmente não tinha tido contato antes, mas falei com meu chefe e pedi para me liberar. Fiquei superfeliz quando cheguei para retirar minha credencial, pois vi que tomei a decisão certa. Lá eu fiquei na parte de competições e no Transforma, programa educativo do COB”, afirmou Ana, que disse também:

“Tudo isso para mim conta como uma baita experiência, e quando perguntam por que pago para trabalhar eu digo que é um investimento. Não me arrependo. Quando recebi o convite para estar novamente nos Jogos da Juventude, agora como contratada, fiquei muito feliz. Um ano depois meu chefe liberou novamente, porque ele sabe que isso contribui para meu crescimento pessoal e profissional”.

Em outubro, a paulista fará as malas novamente. Dessa vez, Ana será voluntária nos Jogos Pan-americanos de Santiago.

“Agora vou ter que tirar férias, né?! Já passei por todo processo seletivo e aguardo para saber em qual setor ficarei, mas tenho certeza de que será uma grande experiência”, finalizou.

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