O Tribunal de Justiça do Estado acolheu um recurso do Ministério Público e aumento de 11 para 15 anos a pena do ex-presidente do Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues. O sindicalista foi um dos primeiros colaboradores da Operação Sevandija e teve o acordo de delação premiada rompido pela promotoria por mentir sobre o volume de propina recebido.
Segundo o MP, o delator admitiu ter recebido R$ 1,2 milhão de um esquema que desviou R$ 45 milhões da Prefeitura de Ribeirão Preto através do pagamento fraudado de honorários advocatícios. Os investigadores, contudo, identificaram que ele escondeu R$ 2,6 milhões.
“Ele utilizou-se das contas da sogra, do sobrinho, adquiriu salas comerciais e simulou transações com pessoas e com grupos empresariais a fim de ocultar os investimentos realizados com a propina. Retrato de seu desprezo à Justiça e a crença de que seria grandemente beneficiado com o acordo, furtando-se à prisão e ainda mantendo sua capacidade financeira”, diz um trecho do acórdão, assinado pelo desembargador Maurício Valala, da seção de Direito Criminal do TJ.
O Portal Thathi Notícias não conseguiu contato com os advogados Gabriel de Lima Salles Oliveira e Rodrigo Budó Damasceno, que representam Rodrigues no processo. Se houver manifestação por parte da defesa, ela será acrescentada a essa matéria.