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Casal é condenado a 84 anos de prisão por matar personal trainer em Rio Preto

Sidileide Normanha Paixão dos Santos e Joel Fernandes Santos foram condenados, cada um, a 42 anos de prisão, sem o direito a recorrer em liberdade.

Andressa Serantoni Zacaron tinha 28 anos quando foi morta brutalmente | Foto: Reprodução Instagram

Em um julgamento que se estendeu por horas e foi marcado por forte comoção, o casal Joel Fernandes Santos e Sidileide Normanha Paixão dos Santos foi condenado a uma pena somada de 84 anos de prisão pela morte da personal trainer Andressa Serantoni Zacaron, em agosto de 2020. A sentença foi proferida na noite de terça-feira (30), no Fórum de São José do Rio Preto (SP), e trouxe um desfecho para um dos crimes mais brutais da história recente da cidade.

O conselho de sentença, composto por cinco homens e duas mulheres, acatou integralmente a denúncia do Ministério Público, representado pelo promotor Horival Marques de Freitas Júnior. Cada um dos réus foi condenado a 42 anos de reclusão, sendo 30 anos pelo homicídio triplamente qualificado de Andressa e 12 anos pela tentativa de homicídio contra Lucas Teles Ferreira, um vizinho que tentou intervir e impedir o crime.

O crime, que chocou a região pela sua violência e futilidade, ocorreu no dia 12 de agosto de 2020, no bairro Vila Anchieta. Andressa, então com 28 anos, foi assassinada com mais de 30 facadas ao questionar Sidileide sobre o motivo de estar sendo filmada.

A discussão banal escalou para uma agressão fatal, na qual Joel e Sidileide, armados com facas de poda de árvore, atacaram a jovem em frente à casa de sua mãe. Por pouco, a vítima não foi decapitada.

Durante o júri popular, a defesa de Sidileide apresentou um laudo psiquiátrico que a considerava inimputável por insanidade mental, pedindo sua absolvição ou encaminhamento para tratamento em hospital de custódia. Já Joel, segundo os defensores, foi diagnosticado com “folie à deux” (transtorno psicótico compartilhado), no qual um delírio é compartilhado entre duas pessoas. A tese da defesa foi superada pela do Ministério Público.

No julgamento, Sidileide alegou que Andressa teria aplicado um “mata-leão” nela e que, para defendê-la, o marido Joel atacou a vítima. Ela negou ter ferido a personal trainer. Contudo, o juiz Luis Guilherme Pião considerou que havia elementos e provas suficientes que comprovavam o fato, além da confissão de ambos.

O Crime

No dia 12 de agosto de 2020, por volta da tarde, a jovem personal trainer foi até a casa de sua mãe, no bairro Vila Anchieta para alimentar seu cachorro de estimação. Era uma rotina simples que se transformou em tragédia quando se deparou com Sidileide, que tinha o hábito de filmar pessoas que passavam pela rua, causando incômodo na vizinhança.

Ao perceber que estava sendo filmada, Andressa se dirigiu à mulher para reclamar da situação. Durante a discussão, Sidileide segurou a vítima pelo braço e disse ao marido Joel: “Vai lá, pega lá para a gente resolver”. Joel foi até o carro, pegou duas facas de poda de árvore, entregou uma para a esposa e ambos começaram a atacar Andressa simultaneamente.

A jovem recebeu mais de 30 facadas concentradas no pescoço e tórax, além de lesões de defesa nas mãos e braços, evidenciando sua tentativa desesperada de se proteger. Os ferimentos foram tão graves que, segundo a denúncia do Ministério Público, Andressa quase foi decapitada. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local, em frente à casa de sua mãe.

Após cometerem o crime, Joel e Sidileide se esconderam dentro de casa. Os policiais do 9º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP) precisaram pular o muro da residência e arrombar a porta para localizar os assassinos.

Quando questionados sobre a motivação do crime, Joel e Sidileide apenas disseram que se tratava de “uma briga entre vizinhos”. A frieza da resposta contrastou com a revolta dos moradores da região, que depredaram o carro do casal em protesto contra a brutalidade do assassinato.do homicídio.

Justiça

Joel e Sidileide, que estavam presos preventivamente desde a data do crime, não poderão recorrer da sentença em liberdade. A condenação, após cinco anos de espera, trouxe um misto de alívio e dor para os familiares e amigos de Andressa, que acompanharam o julgamento com cartazes e camisetas pedindo por justiça.

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