O Hospital de Base reinaugurou, nesta quarta-feira (26), a Biblioteca Prof. Dr. José Paulo Cipullo, reabrindo um espaço histórico da instituição dedicado ao incentivo à leitura, bem-estar e acolhimento de colaboradores, pacientes e acompanhantes. O local volta a funcionar com serviço de empréstimo de livros e marca a primeira fase do processo de retomada da estrutura.
A cerimônia contou com a presença do médico homenageado, Dr. José Paulo Cipullo; do diretor-executivo da Funfarme, Dr. Horácio Ramalho; do secretário de Cultura de Rio Preto, Robson Vicente; além de representantes do cenário cultural e literário da cidade.
Com cerca de 2 mil obras de literatura nacional e estrangeira, autoajuda, religião, história, biografias e filosofia, a biblioteca oferece empréstimos com prazo de devolução de 5 dias para colaboradores, que já possuem cadastro ativo no sistema Alexandria, e de 3 dias para pacientes e acompanhantes, mediante cadastro simples.
“O livro físico é insubstituível. Queremos que esse espaço seja usado por toda a comunidade do hospital e, principalmente, que os livros cheguem novamente aos pacientes e acompanhantes”, afirmou o diretor-executivo Dr. Horácio Ramalho. O secretário de Cultura, Robson Vicente, destacou a importância emocional da iniciativa: “É uma ação maravilhosa para quem está no hospital em um momento delicado”.
Criada em 2012, a biblioteca nasceu de doações de colaboradores e da comunidade. Além dos empréstimos, o espaço também servirá de apoio para atividades de leitura e contação de histórias às crianças do HCM.
Para o homenageado, o cardiologista e professor José Paulo Cipullo, o retorno representa a continuidade de um legado: “O livro traz conhecimento e reflexão, algo que não encontramos na televisão nem no celular”, declarou.
Entre os presentes, João Paulo Vani, fundador do Grupo HN e membro da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, celebrou a iniciativa como ferramenta de humanização: “Em 15 minutos de leitura é possível aliviar o peso do ambiente hospitalar”. O jornalista e historiador Lelé Arantes também ressaltou a relevância do espaço: “A biblioteca nos permite encontrar novas realidades a cada página”.
Leitura como hábito de vida
Uma das frequentadoras mais assíduas é Cleide Fátima dos Santos, auxiliar de lavanderia da Funfarme há 33 anos. Leitora desde a infância, ela conta que a primeira inauguração da biblioteca, em 2012, foi fundamental para manter o hábito: “Eu ia pelo menos duas vezes por semana e pegava 3 ou 4 livros por mês. Ler é cultura, é educação. Considero um privilégio ter uma biblioteca aqui dentro”.



