Você já se flagrou observando a vida alheia e pensando: “Por que a grama do vizinho parece sempre mais viçosa?” Pois é, quem nunca passou por isso? No cenário atual, com as redes sociais inundando nossos feeds com imagens impecáveis, corpos perfeitos e trajetórias de sucesso, é complicado não sucumbir à tentação de avaliar nossa existência com a régua dos outros. E vou te contar um segredo: essa régua está danificada!
Como psicólogo, percebo diariamente como essa comparação incessante nos prejudica. A realidade é que ninguém compartilha suas dificuldades, os dias de desânimo ou aquela discussão que teve antes de tirar a selfie feliz. A régua que utilizamos para avaliar nossa própria vida é, muitas vezes, a régua da ilusão, e isso nos distancia de quem realmente somos.
Por isso, sempre gosto de ressaltar: cada um tem seu próprio tempo, suas lutas e suas vitórias. O problema é que frequentemente esquecemos disso e começamos a moldar nossa régua para se encaixar nos padrões dos outros. É como tentar usar um sapato que não é do seu tamanho: machuca, cansa e, no final, não serve.
O desafio aqui é olhar para dentro e se reconectar com o que realmente importa para você. O que te traz alegria? O que dá sentido à sua vida? A comparação apenas nos desvia do que é verdadeiramente relevante. É como tentar assistir a um filme enquanto está constantemente mexendo no celular: você perde o enredo principal!
Então, na próxima vez que você se pegar pensando que precisa “correr atrás” para alcançar alguém, lembre-se de que a corrida mais significativa é a sua. É sobre o seu percurso, não sobre a linha de chegada dos outros. Talvez o que você realmente precise é caminhar, parar para respirar e, quem sabe, até mudar de direção!
E se você ainda estiver em dúvida, aqui vai uma dica: quando a régua dos outros parecer grande demais, talvez seja o momento de guardar essa régua na gaveta e pegar uma que seja só sua. Prometo que, com o tempo, ela se ajustará perfeitamente ao seu tamanho. Afinal, não é a comparação que tornará sua vida mais plena, mas a coragem de ser quem você realmente é, com suas imperfeições, acertos e histórias únicas. Vamos deixar essa régua danificada de lado e criar nossa própria medida?