O consumo de mexilhões cultivados em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, deixa de ser recomendado pelas próximas semanas. O motivo é a detecção da proliferação de uma microalga que pode produzir uma toxina e se concentrar nos mexilhões criados na região, representando risco à saúde pública.
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De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, a microalga “Dinophysis acuminata” produz uma toxina, e havendo consumo, o munícipe pode apresentar um quadro gastrointestinal caracterizado principalmente pela diarreia.
A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo estão acompanhando a floração desta microalga, verificando onde a mesma está ou não presente, para assim, recomendar a suspensão do consumo/venda do produto relacionado na região específica.
No Estado de São Paulo, são realizadas análises quinzenais pela Defesa Agropecuária da água e do mexilhão para assegurar que os moluscos ou a água não estão com presença de microalgas produtoras da toxina, e na última análise detectaram que houve a presença desta microalga na água do mar dos municípios do Litoral Sul – Cananeia, Peruíbe e Praia Grande e, no Litoral Norte, apenas em São Sebastião.
A coleta para novas análises será realizada nesta semana nas áreas de mitilicultura (cultivo de mexilhões) de Toque-Toque e Cigarras. Enquanto isso, a Secretaria do Meio Ambiente da cidade pede à população que evite o consumo de mexilhões até que os resultados sejam divulgados. Maricultores locais já foram orientados a suspender a venda, e a Vigilância Sanitária está fiscalizando os estabelecimentos.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que as autoridades estão monitorando a possível contaminação de moluscos pela microalga que pode produzir toxinas perigosas. Amostras coletadas entre esta terça (13) e quarta-feira (14) são analisadas para determinar a presença de toxinas nos moluscos bivalves, como ostras mexilhões.
Em nota técnica, o Governo do Estado recomenda evitar o consumo de moluscos provenientes do litoral paulista, além da interdição do comércio de produtos originários das cidades de Peruíbe, Itanhaém, Cananéia e Praia Grande a contar do último dia 30 de julho.
Não há registros de casos confirmados de intoxicação, mas a Secretaria de Saúde orienta os municípios a notificar todos os casos suspeitos.