O Sindicato dos Metalúrgicos anunciou nesta segunda-feira (15) que os trabalhadores da Gerdau, de Pindamonhangaba, entraram em greve por tempo indeterminado. O aviso foi feito durante a paralisação dos trabalhadores em protesto contra o encerramento das atividades do setor de cilindros da fábrica. A medida da empresa deve resultar na demissão de cerca de 400 funcionários até o fim do ano.
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A paralisação começou na manhã desta segunda como forma de manifestação contra a decisão da Gerdau, que informou que não pretende negociar para evitar as demissões. A empresa alegou fatores externos, como o aumento da importação de aço da China e tarifas impostas pelos Estados Unidos, que impactam diretamente a exportação de cilindros produzidos em Pindamonhangaba — 47% da produção é destinada ao mercado americano.
Em nota, o sindicato contestou os argumentos da empresa, destacando que a companhia mantém caixa saudável, segue com investimentos e distribuiu R$ 641 milhões em dividendos no primeiro semestre.
A unidade de Pindamonhangaba é voltada à produção de aços especiais para o setor automotivo. Segundo a Gerdau, o setor de cilindros não apresenta “margens de lucro adequadas”.
Procurada pelo Portal THMais, a Gerdau confirmou a descontinuidade da linha de produtos fundidos na área de cilindros a partir de dezembro de 2025. Segundo a empresa, “a decisão reflete o cenário desafiador da indústria nacional do aço em função da entrada excessiva de aço importado e a estratégia da Companhia de focar em ativos com maior competitividade e rentabilidade”.
Atualmente, a unidade emprega cerca de 2 mil trabalhadores diretos e 400 terceirizados.
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