Forças de segurança fazem operação para resgatar corpos dos tripulantes do helicóptero

Forças de segurança fazem operação para resgatar corpos dos tripulantes do helicóptero
(Foto: SSP)

As forças de segurança fazem operação para resgatar os corpos dos quatro tripulantes do helicóptero encontrado após 12 dias de buscas na região de mata, em Paraibuna, no Vale do Paraíba, nesta sexta-feira (12).

Por conta do mau tempo, a Polícia Civil e Militar, bombeiros e Força Aérea Brasileira, enfrentam dificuldades para retirar os corpos das vítimas do local, por ser uma área de mata fechada e de difícil acesso.

O Corpo de Bombeiros informou que auxilia o Comando de Aviação da Polícia Militar na recuperação das vítimas do acidente com o helicóptero que estava desaparecido. Dois bombeiros acessam a área dos destroços utilizando técnicas de rapel.

A perícia não conseguiu chegar no local, pois chove muito na região. Ainda não há informações sobre quando será feita a retirada dos corpos. Assim que escurecer, a operação de retirada deve ser encerrada.

O helicóptero da polícia não conseguiu levar o perito até o local dos destroços. No momento, a Polícia tenta chegar na área da queda à pé pela mata.

Investigação da queda da aeronave

De acordo com a FAB, investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), localizado em São Paulo (SP), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PR-HDB, na região de Paraibuna.

Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação.

A FAB informou ainda que a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.

A Polícia Militar confirmou a morte dos quatro tripulantes na manhã desta sexta-feira (12). As vítimas que estavam a bordo do helicóptero eram:

  • Raphael Torres, de 41 anos, empresário que convidou mãe e filha para passeio;
  • Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, vendedora;
  • Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, filha de Luciana;
  • Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, piloto.

Quem são as vítimas:

Piloto

Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, já recebeu mais de 17 autos de infração e chegou a ter a licença de piloto cassada pela ANAC. Ele continuou pilotando irregularmente, de acordo com o Ministério Público Federal.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave que estava desaparecida não tinha autorização para o serviço de táxi aéreo.

Passageiros

Raphael Torres, de 41 anos, era empresário. Ele havia convidado as outras duas passageiras para um ‘bate-volta’ de Réveillon no Litoral Norte de São Paulo.

Luciana Rodzewics, de 45 anos, era amiga de Raphael. Ela atuava na área de moda feminina na capital paulista.

A filha dela, Letícia Sakumoto, de 20 anos, também estava na aeronave e chegou a mandar mensagens para o namorado informando sobre o mau tempo na região da Serra do Mar. A jovem trabalhava em um salão de beleza e era especializada em aplicações de unha de gel.

Relembre o caso

O helicóptero saiu de São Paulo com destino à Ilhabela, mas não chegou ao destino final. O último contato com a aeronave foi no dia 31 de dezembro de 2023. Quatro tripulantes estavam a bordo.

No dia do desaparecimento, uma das tripulantes enviou um vídeo ao namorado mostrando o mau tempo no momento do voo. O helicóptero chegou a fazer um pouso de emergência na região de Paraibuna antes de seguir o trajeto e desaparecer.

Foram 12 dias de buscas pelo helicóptero desaparecido em uma força tarefa da Polícia Militar e Civil e Força Aérea Brasileira. Ao todo, foram mais de 135 horas de voo por uma área de milhares de quilômetros quadrados que cobriu os municípios de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga.

Após localizar a aeronave, policiais militares a bordo do Águia 12, conseguiram descer de rapel para chegar até os destroços. Infelizmente, não houve sobreviventes. “Estão todos mortos. A gente queria dar uma notícia diferente, mas, infelizmente, não foi possível. Os quatro ocupantes estão nos destroços da aeronave”, disse o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, comandante da Aviação da PM.

As vítimas serão levadas para o IML, que fará os exames necroscópicos para determinar a causa das mortes.

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