O Governo de São Paulo anunciou a demolição de 390 imóveis atingidos pelas fortes de chuvas em fevereiro deste ano no bairro Vila Sahy, em São Sebastião. Os trabalhos começaram nesta quarta-feira (20).
Segundo o governo estadual, as casas que serão removidas foram previamente interditadas e condenadas pela Defesa Civil. Os imóveis que serão demolidos são de famílias já cadastradas pela equipe social da CDHU e que terão atendimento habitacional garantido. Essas remoções tem previsão de conclusão até 30 de novembro.
O trabalho de reconstrução da Vila Sahy está sendo executado em fases. A primeira começou no 14 de setembro, com a limpeza e remoção de entulho na região. A segunda fase é a demolição das casas. Essas medidas são essenciais devido à localização do bairro ser em uma encosta íngreme e com alto risco geológico para escorregamentos e deslizamentos.
“A permanência de casas que desabaram ou foram parcialmente destruídas no local representa perigo iminente à população, já que esses materiais soltos podem ser arrastados em caso de novas chuvas. Após os eventos de fevereiro, um amplo estudo geológico do solo, da estabilidade das estruturas, da capacidade de drenagem e do histórico de movimentações de terra na região foi iniciado com o objetivo de propor uma solução habitacional definitiva e segura à população“, informou em nota a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo.
Estão sendo construídas 704 novas moradias em São Sebastião, sendo 518 no bairro Baleia Verde e 186 em Maresias. Outras 256 unidades estão planejadas para o bairro Topolândia, além de um empreendimento no Camburi que está em projeto e contará com cerca de 400 unidades. Atualmente, 72 unidades da Vila de Passagem já estão disponíveis para atender à população.
À medida que os estudos e projetos para a execução das obras avançarem em novas fases, a equipe social da CDHU realiza reuniões com a comunidade para informar sobre as ações destinadas para evitar os riscos, como a identificação de novas áreas de perigo, ou a necessidade de novas remoções para viabilizar os canteiros de obras. Neste caso, o atendimento habitacional e o transporte das famílias estarão garantidos aos moradores nesse momento de reconstrução.