A reforma tributária, que começa a ser implementada em 2026, vai modificar a forma como os impostos são cobrados no Brasil, tanto para empresas quanto para consumidores.
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Para ajudar as pessoas a compreender essas mudanças, o Grupo FN elaborou um guia rápido e gratuito, disponível no site ogrupofn.com.br/reforma-tributaria, com as principais informações sobre o novo sistema. o objetivo é tornar o tema acessível e mostrar que a transição pode trazer benefícios.
De acordo com o contador João Pedro Almeida, a reforma tributária é uma das maiores transformações fiscais do país nas últimas décadas. “Ela busca simplificar o sistema, reduzir a burocracia e trazer mais transparência para empresas e cidadãos”.
O que muda com a Reforma Tributária
A principal mudança é a unificação de tributos em um modelo chamado IVA Dual, composto por dois novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que reunirá tributos estaduais e municipais.
Além disso, será criado o Imposto Seletivo, aplicado a produtos específicos como álcool, cigarro e bebidas açucaradas, com o objetivo de desestimular o consumo.
Com isso, cinco tributos atuais, o ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins deixarão de existir gradualmente e serão substituídos pela CBS e pelo IBS.
Segundo João Pedro Almeida, contador e especialista em reforma tributária do Grupo FN, essa substituição vai simplificar o cálculo e o recolhimento de impostos, além de acabar com a guerra fiscal entre os estados. “O processo será gradual, para que empresas e governos consigam se adaptar com segurança”, explica.
Alíquotas e aplicação
A alíquota, ou seja, o percentual aplicado sobre a base de cálculo (valor ou quantidade sobre a qual o imposto incide), será o principal ponto de atenção. O novo sistema prevê uma alíquota única “por fora”, sem incidência de tributo sobre tributo, estimada em 29%.
“A ideia é tornar o cálculo mais transparente e padronizado, evitando distorções entre setores. Hoje, um mesmo produto pode ter tributações completamente diferentes dependendo do estado. Isso vai acabar”, comenta Almeida.
O contador ressalta que o governo optou por um modelo de transição para evitar impactos bruscos. “Isso permite que empresas ajustem seus preços, contratos e planejamentos financeiros ao longo do tempo”, explica.
Impactos para empresas e pessoas jurídicas
A reforma também muda a forma de operação de empresas e profissionais autônomos. Atualmente, quem é do Simples Nacional ou MEI paga mensalmente o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), uma guia única que reúne todos os impostos federais, estaduais e municipais obrigatórios.
Com a reforma, esse modelo será reestruturado. O pagamento deixará de ser feito dentro do DAS e passará a ocorrer separadamente, conforme o novo regime tributário.
Outro ponto importante é a geração automática de crédito tributário. As empresas poderão gerar créditos a partir das notas fiscais, o que facilita o controle financeiro e a compensação de impostos.
“Empresas que mantêm o imposto em dia poderão transferir créditos aos prestadores de serviço contratados, o que estimula a formalização e o cumprimento das obrigações”, reforça o contador.
Os freelancers e prestadores de serviço também sentirão reflexos. No futuro, o imposto sobre quem contrata tende a diminuir, tornando as relações de trabalho mais equilibradas e transparentes.
Empresas que operam com empréstimos ou movimentações financeiras diferenciadas precisarão atentar-se à origem e ao tipo de entrada de recursos, já que cada operação terá tratamento específico.
“Para o empresário, será essencial analisar seus fornecedores e revisar contratos. A formação de preço precisa ser feita com base no valor líquido, sem impostos embutidos. Essa mudança exige um novo olhar sobre gestão e precificação”, destaca o especialista.
Benefícios esperados
Entre os principais benefícios para o consumidor, estão a redução da carga tributária sobre itens essenciais, como a cesta básica, que terá imposto zero, além do cashback para famílias de baixa renda. Para as empresas, a expectativa é de menos burocracia, crédito amplo e maior previsibilidade.
Para o contador João Pedro Almeida, o novo sistema torna os preços mais justos e transparentes. As pessoas poderão saber exatamente quanto pagam de imposto em cada produto. “Hoje, muitas empresas gastam mais tempo tentando entender o sistema tributário do que realmente produzindo. Com a unificação, teremos um modelo mais simples e com segurança jurídica”, conclui.
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