O influenciador Diego Friggi, de São José dos Campos, morreu na tarde de domingo (10), vítima de uma embolia pulmonar. Com 669 mil seguidores nas redes sociais, o homem realizava sorteios de carros e motos de luxo.
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O homem estava internado no Hospital Unimed desde a sexta-feira (8) e aguardava uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nas redes sociais, ele chegou a falar sobre a demora para receber o encaminhamento. Veja:
Em entrevista à TV Thathi SBT, a empresária Bruna Martins, esposa de Diego há quatro anos, relatou que o convênio médico só cobria o atendimento até as 4 horas da manhã, após 12 horas de atendimento. Quando o diagnóstico de embolia pulmonar foi confirmado, Diego precisaria de uma UTI, mas o convênio se recusou a liberar a vaga.
“Na sexta-feira (8), Diego foi à Unimed com sintomas de pneumonia, mas depois de exames, disseram que ele precisaria ficar internado. O convênio, porém, alegou que ele estava em período de carência e que só cobriria até as 4 horas da manhã, após esse horário não haveria mais cobertura”, contou Bruna.
Ela explicou ainda que, após o diagnóstico de embolia pulmonar e a necessidade de uma UTI, o convênio se recusou a liberar o atendimento. Bruna teve que buscar ajuda, mas o hospital insistiu que Diego fosse mantido em leito particular até surgir uma vaga no SUS, o que nunca aconteceu.
“A prefeitura confirmou que não houve nenhum pedido de vaga, apesar de haver vagas disponíveis (…) A vaga apareceu depois que o Diego já tinha falecido. Foi negligência, e até agora a Unimed não nos deu nenhuma resposta”, completou.
Procurada pelo Portal THMais, a Prefeitura de São José dos Campos lamentou a morte do influenciador e se solidarizou com a família. Também informou que o paciente tinha convênio médico e estava internado em um hospital particular, que deveria ser responsável pelo tratamento.
“De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), a Lei 9.655/98, em seu artigo 35-C da Lei dos Planos de Saúde, prevê a obrigatoriedade da cobertura do atendimento nos casos de emergência, que implicarem em risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração médica, mesmo no período de carência, independentemente da vaga SUS existente ou não. Ou seja, independente do plano do paciente ter carência ou não, o hospital particular tinha a responsabilidade de cuidar da vida do paciente”, completou a nota da administração municipal.
De acordo com a Unimed de São José dos Campos, o paciente recebeu toda a assistência médica hospitalar necessária e a busca para a vaga para transferência ao Sistema único de Saúde (SUS) foi realizado devido a questões administrativas, sem causar qualquer prejuízo ao atendimento prestado ao paciente. Ainda em nota, reafirmam o compromisso com a segurança e qualidade de serviços oferecidos, especialmente no que se refere aos atendimentos de urgência e emergência.
“Nos solidarizamos com a família do paciente e permanecemos à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais, sempre respeitando a privacidade dos dados pessoais” afirma.
O velório de Diego aconteceu na noite de domingo, na Urbam, e o sepultamento acontece na tarde desta segunda-feira (11), no Cemitério Padre Rodolfo Komorek.