Nesta quinta-feira (4), servidores dos Institutos Federais do Estado de São Paulo (IFSP) do Vale do Paraíba entraram em greve. A mobilização acontece nos campus de Jacareí e São José dos Campos e tem como objetivo reivindicar reajuste salarial.
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A greve por tempo indeterminado, foi deflagrada através do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE). Os servidores fazem as seguintes reinvindicações:
- Reestruturação das carreiras dos técnicos administrativos e docentes;
- Recomposição salarial;
- Revogação de todas as normas aprovadas pelos governos Temer e Bolsonaro;
- Recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Em nota, a reitoria do IFSP informou que assinou um Termo de Acordo de Reposição de Greve com o Sindicato dos Servidores Federais da Educação, registrando o compromisso de respeitar o movimento grevista, bem como os critérios para reposição futura das atividades. A Reitoria segue acompanhando os desdobramentos com o objetivo de não prejudicar a comunidade dos institutos federais do estado.
Adesão da greve no Vale do Paraíba
De acordo com a reitoria, o campus de Caraguatatuba ainda não aderiu à greve. Já a unidade de Campos do Jordão irá decidir hoje uma eventual adesão do movimento.
O campus de São José dos Campos iniciou a greve nesta terça-feira (3). Já o instituto de Jacareí começou a paralisação nesta quinta-feira (4). De acordo com as duas unidades, os campus permanecerão abertos durante a greve com funcionamento dos setores administrativos a 30% das atividades essenciais.
Até o momento, não há informações sobre quais aulas e professores irão aderir ao movimento nas duas unidades. Por isso, a direção orienta os alunos para que entrem em contato com os professores e coordenadores dos cursos para esclarecerem se as aulas serão mantidas ou não.
Greve IFSP
De acordo com o sindicato da categoria, a greve foi aprovada pelos servidores na última terça-feira (2) durante assembleia híbrida, aderindo ao movimento nacional grevista. A paralisação foi deflagrada por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (3).
O sindicato apresentou ao governo federal uma proposta de reajuste salarial para 2024:
- 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34% (2024, 2025 e 2026), para servidores federais que firmaram acordos, em 2015, por dois anos (2016 e 2017), carreira PCCTAE;
- 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06% (2024, 2025 e 2026) para servidores que, em 2015, fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019), carreira docente EBTT.
Outra pauta é sobre a reestruturação das carreiras de técnico-administrativos e docentes. As propostas de reestruturação foram protocoladas em agosto 2023 e estão em discussão com o governo federal.
Segundo o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), o governo deve cortar aproximadamente R$ 30 milhões do orçamento da Educação. O corte pode prejudicar o custeio das unidades e o pagamento das despesas básicas, como água, limpeza, segurança e outras. Impactando, principalmente, estudantes que necessitam das políticas de assistência estudantil.