Quatro Institutos Federais do Estado de São Paulo (IFSP) do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira estão há quase dois meses de greve. A paralisação foi aderida por servidores técnico-administrativos e docentes.
Os campus de São José e Jacareí foram os primeiros a entrarem de greve. Em seguida, a unidade de Caraguatatuba aderiu ao movimento e por fim, o campus de Campos do Jordão.
Veja a data que cada IFSP da região aderiu a greve:
- IFSP Caraguatatuba – 19/04
- IFSP Jacareí – 04/04
- IFSP São José dos Campos – 03/04
- IFSP Campos do Jordão – 29/04
Entenda a greve no IFSP
De acordo com o SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), a greve já dura 51 dias e segue por tempo indeterminado.
O objetivo da paralisação é a reivindicação do reajuste salarial dos servidores. Além de outras exigências, como:
- Reestruturação das carreiras dos técnicos administrativos e docentes;
- Recomposição salarial;
- Revogação de todas as normas aprovadas pelos governos Temer e Bolsonaro;
- Recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
De acordo com o sindicato da categoria, a greve foi aprovada pelos servidores no dia 2 de abril durante assembleia híbrida, aderindo ao movimento nacional grevista. A paralisação foi deflagrada por tempo indeterminado, a partir do dia 3 de abril.
O sindicato apresentou ao governo federal uma proposta de reajuste salarial para 2024:
- 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34% (2024, 2025 e 2026), para servidores federais que firmaram acordos, em 2015, por dois anos (2016 e 2017), carreira PCCTAE;
- 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06% (2024, 2025 e 2026) para servidores que, em 2015, fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019), carreira docente EBTT.
Outra pauta é sobre a reestruturação das carreiras de técnico-administrativos e docentes. As propostas de reestruturação foram protocoladas em agosto 2023 e estão em discussão com o governo federal.
Segundo o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), o governo deve cortar aproximadamente R$ 30 milhões do orçamento da Educação. O corte pode prejudicar o custeio das unidades e o pagamento das despesas básicas, como água, limpeza, segurança e outras. Impactando, principalmente, estudantes que necessitam das políticas de assistência estudantil.