IPVA: pagar à vista ou parcelar… qual é a melhor opção?

Luciana Ikedo
Luciana Ikedo
Empresária, palestrante internacional, escritora e especialista em comunicação financeira, Luciana Ikedo possui mais de 28 anos de experiência em finanças e investimentos. Planejadora financeira e empreteca, é reconhecida como autoridade na área, com certificações nacionais e internacionais, além de ser finalista da 2ª edição do Prêmio de Educação Financeira do Instituto XP. Recentemente, lançou pela Editora Loyola o livro Vida Financeira: Descomplicando, Economizando e Investindo. É sócia da RV4 Investimentos, colunista semanal do Jornal A Hora do Vale Dia, transmitido pelo SBT Vale do Paraíba e Litoral, e contribui quinzenalmente para a seção "Você no Azul" da Revista Ana Maria. Formada em Administração de Empresas, Luciana possui MBA Internacional em Gestão Empresarial pela FGV com extensão na Universidade de Ohio, além de MBA em Banking pelo Insper e MBA Executivo em Saúde pela FGV, com extensão na Universidade de Tampa, na Flórida.
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Janeiro chegou e, com ele, os impostos anuais que pesam no bolso de muitos brasileiros, como o IPVA, que exige decisão sobre o pagamento à vista ou parcelado. Embora o pagamento à vista ofereça um desconto considerável, a escolha entre pagar de uma vez ou parcelar depende não só do desconto imediato, mas também da situação financeira de cada pessoa ou família. No entanto, a resposta para a dúvida entre pagar à vista e parcelado, exige mais do que simples cálculos matemáticos.

A grande questão é saber quando vale a pena trocar as parcelas por um pagamento à vista, se a família se preparou antecipadamente para esses gastos e se, ao escolher a opção com desconto, não acabará entrando em outras dívidas. Vale alertar que, embora os descontos sejam atraentes, é fundamental analisar o impacto no orçamento mensal e o equilíbrio financeiro de longo prazo.

Em São Paulo, por exemplo, o desconto por pagamento à vista do IPVA é de 3%, com a possibilidade de parcelamento em até três vezes. No entanto, não se deve escolher essa opção sem avaliar se o pagamento à vista pode comprometer outras obrigações financeiras do início de ano. Se o pagamento à vista significar utilizar o limite do cheque especial ou comprometer a fatura do cartão de crédito, que costuma ser alta logo no início do ano, a recomendação é optar pelo parcelamento, mesmo com o desconto.

O começo do ano é um período desafiador para muitas famílias, que enfrentam não apenas o pagamento do IPVA, mas também outras despesas como o IPTU, seguros e gastos extras acumulados durante as férias. O início de ano é um momento em que as finanças podem ficar apertadas, por isso é importante priorizar o equilíbrio financeiro, evitando endividamento e garantindo que todas as obrigações sejam cumpridas sem comprometer o fluxo de caixa familiar.

Além disso, para quem tem uma boa reserva financeira, o pagamento à vista pode ser vantajoso, já que o retorno de investimentos conservadores em renda fixa geralmente não supera os descontos oferecidos no IPVA. Considerando a Selic de hoje, que está em 12,25%, mesmo trazendo de volta a taxa de rentabilidade mensal de quase 1% (0,97%) para o investimento conservador em renda fixa, se você tiver o recurso, vale mais a pena pagar o IPVA à vista. A diferença entre as duas opções é de 1,13% entre pagar à vista ou parcelado.

No entanto, a decisão de pagar à vista ou parcelado deve ser feita com base no planejamento financeiro e nas condições de cada família. Se não houver uma reserva financeira ou se pagar à vista comprometer outras necessidades, o parcelamento pode ser a melhor escolha.

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