A Justiça definiu, na segunda-feira (4), a data em que Wellington de Souza Rodrigues Barros, acusado de matar e esquartejar a companheira em agosto do ano passado, em São José dos Campos, deve ir a júri popular (relembre o caso abaixo).
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Segundo a decisão, Wellington deve passar pelo júri no dia 13 de fevereiro de 2025, com início previsto para começar às 9h.
A data foi definida pelo juiz Milton de Oliveira Sampaio Neto, que foi quem assinou a decisão. No documento, o juiz indica que “há indícios de que o réu esquartejou o cadáver da vítima e depositou as partes num córrego, em área de mata”. Além do júri, o magistrado manteve a prisão preventiva, que está em vigor desde o dia 7 de agosto de 2023.
Relembre o caso
Wellington de Souza Rodrigues Barros foi preso, em Guaratinguetá, por matar e esquartejar sua esposa, de 27 anos. De acordo com o boletim de ocorrência, o crime aconteceu no início de agosto de 2023, em São José dos Campos, no bairro Novo Horizonte, e teve requintes de crueldade, já que partes do corpo da vítima foram encontradas em um rio.
Segundo a Polícia Civil, após a PM Ambiental receber denúncia de maus-tratos de animais e caça irregular em uma residência do bairro Rocinha de Guaratinguetá, nessa segunda-feira, o proprietário tentou fugir quando percebeu a presença dos policiais. Ao ser abordado e questionado sobre a tentativa de fuga, informou que ficou com receio pelo fato do rapaz que praticou homicídio em São José ter frequentado sua casa. Em seguida, ele contou que o mesmo estaria escondido em área rural de Guará.
Conforme indicado, as equipes da polícia se deslocaram para o km 12 da Estrada do Paraitinga, próximo a uma casa velha, aparentemente abandonada. Ao visualizar os policiais, um indivíduo ameaçou fugir, mas foi abordado. O homem, identificado como Wellington de Souza Rodrigues Barros, após ser questionado, confessou ter cometido o homicídio, esquartejado e ocultado o corpo nas proximidades da sua residência, em São José dos Campos.
Wellington indicou também onde abandonou seu veículo, que foi localizado pela polícia. Após buscas pela Rua Sebastião F. de Oliveira, S/N, no bairro Novo Horizonte foi encontrado a faca utilizada no crime e partes do corpo da ex-mulher, localizados próximos a um rio. O motivo seria brigas e ameaças constantes entre o casal.
O suspeito informou ainda que os dois filhos da ex-mulher, de 9 e 12 anos, estavam na casa de uma conhecida. Após visita do Conselho Tutelar, foi permitido que as crianças pudessem ficar com a tia da vítima.
Elenita de Jesus Lima, morava em uma residência com os dois filhos e com o companheiro, Wellington de Souza, que é padrasto das crianças. Desde o dia 26 de julho, uma tia de Elenita disse em depoimento para a Polícia no dia 1º de agosto, que a sua sobrinha não falou mais com os familiares, que se dirigiu até a residência e ninguém foi encontrado. A casa estava trancada no portão, mas a porta estava aberta com os móveis, faltando apenas uma TV e o botijão de gás. A tia relatou que Elenita sempre falava com sua mãe que mora na Bahia, mas o contato foi interrompido repentinamente desde então.