O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou um pedido de redução de pena por aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de Eliana Freitas Areco Barreto, condenada a 21 anos de prisão na Santa Maria Eufrásia Pelletier de Tremembé por mandar matar o marido no caso que ficou conhecido como ‘Crime da Berrini’.
Leia mais notícias da região aqui.
Segundo o TJ-SP, a defesa de Eliana havia solicitado, em julho do ano passado, uma redução de 100 dias da pena devido à aprovação dela no Enem em 2023.
Na decisão, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani apontou que “a apenada não obteve a pontuação mínima em uma das áreas de conhecimento, portanto não obteve aprovação almejada”, já que o valor mínimo é de 450 pontos e Eliana atingiu 400.8 em “Matemática e suas Tecnologias”.
Um mês após a solicitação, a Justiça questionou o pedido e o Ministério Público emitiu um parecer contrário. A defesa da detenta, então, refez o pleito pedindo a remição de 80 dias, no início de setembro.
O Portal THMais tenta contato com a defesa de Eliana Barreto. A matéria será atualizada assim que houve uma manifestação.
Relembre o crime
O crime aconteceu em 2015, na zona sul de São Paulo. A professora Eliana Barreto foi condenada por planejar o assassinato do marido com o amante para ficar com o dinheiro do seguro de vida dele. Os amantes planejavam abrir um negócio no interior paulista.
A vítima, o executivo Luiz Barreto, foi morto no bairro do Brooklin, área nobre da capital paulista, em 1º de junho de 2015. O amante, o inspetor de segurança Marcos Zetunsian, foi condenado a 14 anos de prisão.
Porém, o autor dos disparos foi um pistoleiro contratado por R$ 5 mil para simular um assalto e matar Luiz Barreto. Eliezer Aragão foi condenado a 26 anos de prisão por homicídio, mas morreu na cadeia depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral há dois anos.
Na época, Eliezer, que já cumpriu pena de 17 anos por latrocínio anteriormente, afirmou que Marcos o contratou pois o executivo teria abusado da filha do inspetor.
O assassinato ficou conhecido como “crime da Berrini”, referência à avenida Luis Carlos Berrini, local próximo, e foi gravado por câmeras de segurança. A morte aconteceu em plena luz do dia.



