O laudo do exame de corpo delito feito em uma criança autista, de 4 anos, confirmou que ela sofreu uma agressão por parte de uma funcionária de escola particular de educação infantil no último dia 16, na zona central de Taubaté.
Leia mais notícias da região aqui
O exame foi divulgado pela polícia e descreve “lesões corporais de natureza leve, resultado de agressão física na escola”. O exame não indicou risco de vida, incapacidade permanente ou deformidade.
A escola se pronunciou novamente e disse que instaurou uma sindicância para apurar os fatos e os responsáveis, e que quando concluída, voltará a se pronunciar.
Confira a nota na íntegra: “A Escola teve ciência do laudo, onde informa a lesão leve sofrida e informa que escola instaurou uma sindicância para apurar os fatos e responsáveis. Tão logo a sindicância seja concluída voltará a se pronunciar.”
O pai de uma criança autista, de 4 anos, denunciou que a funcionária de uma escola particular de educação infantil agrediu seu filho durante a aula, na tarde de segunda-feira (16), na zona central de Taubaté.
De acordo com o boletim de ocorrência, Rafael de Farias Campos, o pai do menino autista, compareceu à delegacia informando que seu filho foi agredido. O tutor relatou que o filho permaneceu no Educandário Madre Paulina, no bairro Jardim Santa Cruz, no período da tarde, e ao retornar a residência, durante o momento do banho, sua esposa percebeu que a criança apresentava diversas lesões pelo corpo, principalmente nos dois braços.
Rafael compareceu na escola e comunicou sobre os ferimentos à diretora e funcionários. Nas imagens internas das câmeras de segurança fornecidas pela direção da instituição, o pai relatou que viu o momento em que a autora praticou as violências contra seu filho. Ao assistir as imagens, a auxiliar de sala reconheceu que praticou o crime de lesão corporal contra o menino autista.
Em seguida, o material foi apresentado na Delegacia de Polícia Judiciária para auxiliar nas investigações. O caso foi registrado no 1º DP de Taubaté.
O menino de apenas 4 anos, com espectro autista de nível de suporte 2, foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
Em entrevista ao portal THMais Vale, Rafael de Farias, pai da criança, contou que são quase duas horas de imagens: “são tristes de se ver, porque além da agressão, também dá para ver que o menino é excluído várias vezes. A auxiliar não deixava ele brincar com os coleguinhas, deixou ele um tempão de castigo, pegando pelo braço com força”.
Rafael contou ainda que a esposa dele já estava percebendo que a criança estava estranha em relação a escola há algum tempo, pegava o uniforme e ele dizia “escola não”. O pai disse desabafou, que a escola prega inclusão, mas na realidade as imagens mostraram o contrário, a exclusão do menino autista.
“Ficou quase duas horas sozinho, sem os amiguinhos e abriu a lancheira para comer sozinho no escuro”, relatou o pai.
A TV Thathi SBT entrou em contato com a direção da escola, que se pronunciou por nota, na manhã de quarta-feira (18), que lamentou o ocorrido e disse que o caso foi um fato isolado. Disse ainda que a profissional envolvida foi afastada e que iniciou uma detalhada investigação e suporte aos familiares. Confira a nota na íntegra:
”A Escola Educandário Madre Paulina lamenta profundamente o ocorrido, esclarecendo que trata-se de um fato isolado, ou seja, não há histórico de situação semelhante, até porque todos os profissionais são devidamente treinados e orientados para que a atuação seja voltada para o acolhimento, zelo, bem estar, saúde e segurança de todos os alunos.
Esclarecemos ainda que a profissional em questão já foi imediata e devidamente afastada, tendo a Escola iniciado uma detalhada investigação do caso e oferecido total suporte aos familiares, colocando-se à disposição para o que se fizer necessário.”