Após passar pela audiência de custódia, o médico falso não está mais preso. O Ministério Público e a Defensoria Pública emitiram o alvará de soltura de Fabio Machado da Cunha. Ele exercia a profissão de médico ilegalmente e receitava remédios controlados, comercializava produtos ilegais e possuía identidade falsa.
A justiça considerou que “embora muito reprovável, o ato moralmente condenável foi sem violência ou de grave ameaça à pessoa”. Além disso, segundo o Tribunal de Justiça, não há requisitos suficientes para prisão preventiva.
A polícia apreendeu vários receituários médicos falsos na casa do suposto médico. O homem tinha carimbos falsos de médicos, vendia as receitas pela internet, redes sociais e por aplicativo de relacionamento.
Ele comercializava opiáceos, substâncias químicas, presentes na planta papoula, com reconhecida ação analgésica e depressora do sistema nervoso central; além de antidepressivos e analgésicos, que combinados viciam e levam ao mesmo efeito de drogas, como a cocaína.
Segundo o delegado Renato Topan, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o homem não tinha nenhuma clínica física em São José dos Campos. O falso médico estava tentando montar, mas não tinha estabelecido.
De acordo com a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) os polícias civis, que prenderam o falso médico em flagrante, ontem (1), foi realizada uma operação para fazer o flagrante.
O homem foi abordado pelos oficiais em uma drogaria, na Av. Andrômeda, no Jardim Satélite, em São José dos Campos, interior paulista, no momento em que retirava um medicamento de uso restrito. Ele usava uma identidade e uma receita falsificadas.
Após buscas, no apartamento do indiciado foram encontrados, além diversos medicamentos controlados, um jaleco e equipamentos médicos. O criminoso também é investigado por dois homicídios ocorridos em Guarulhos e Pernambuco.
Edição: Nayara Francesco
