Militar é preso no Cavex suspeito de participar de grupo neonazista

Militar é preso no Cavex suspeito de participar de grupo neonazista
(Foto: GAECO SC)

Um militar do Exército Brasileiro foi preso nesta segunda-feira (21) no Comando de Aviação do Exército (Cavex) de Taubaté (SP), no Vale do Paraíba. O homem é suspeito de participar ativamente de encontros neonazistas.

O suspeito foi preso após a operação “Overlord” do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Santa Catarina. A ofensiva resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, além da prisão preventiva de quatro integrantes nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Sul.

(Foto: GAECO SC)

O GAECO afirmou que “Embora os crimes preliminarmente atribuídos a ele não estejam diretamente relacionados às suas funções militares, seu conhecimento avançado em táticas de combate e armas de fogo aumenta significativamente o nível de risco associado à sua participação no grupo”.

Segundo o Cavex, o militar permanecerá preso nas instalações, a disposição da Justiça. O Comando de Taubaté reforçou ainda que “O Exército Brasileiro não admite condutas ilícitas por parte dos seus integrantes, que afrontem os valores e princípios, sustentáculos da profissão militar.”

Operação “Overlord”

De acordo com o GAECO, o objetivo da Operação “Overlord” foi desarticular um grupo investigado por incitar a discriminação e planejar atos violentos em diferentes regiões do país. O nome foi inspirado no codinome da ofensiva aliada na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, um marco decisivo na batalha contra o nazismo.

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) também participou da operação e afirmou que as investigações continuarão com o objetivo de garantir que todos os envolvidos sejam devidamente identificados e criminalmente responsabilizados.

(Foto: GAECO SC)

Além disso, o CyberGAECO permanece empenhado em atuar com rigor e vigilância no combate ao extremismo e na proteção da sociedade contra crimes cibernéticos e ideologias violentas. O MP-SC afirmou ainda que “discursos de ódio, antissemitismo, incitação à violência e movimentos extremistas, muitas vezes formados por indivíduos que se escondem no pseudo-anonimato da internet, são ameaças graves que merecem atenção especial das forças de segurança”.

Apoio de agências e órgãos públicos

A operação contou com apoio estratégico do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas/DIOPI/SENASP, da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos da América, e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Núcleo de Prevenção à Violência Extrema).

Essa parceria ressalta a importância da cooperação entre órgãos e agências, bem como o intercâmbio de informações, para o combate ao extremismo e ao crime organizado. Auxiliaram na execução das ordens judiciais as Polícias Civis dos estados de São Paulo (PCSP), do Paraná (PCPR) e de Sergipe (PCSE).

*Texto de Bianca Martins com supervisão de Gabriela Pacheco

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