Na manhã desta terça-feira (17), a Polícia Federal deflagrou a Operação Impostor para combater fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em São José dos Campos, realizadas por uma associação criminosa que coordena o esquema milionário em benefícios de auxílio reclusão. Um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões para os cofres públicos foi evitado com a ação.
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De acordo com a PF, na operação de hoje, policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal de São José, dois deles em residências do município, nos bairros Chácara Miranda e Jardim Minas Gerais, e outro em imóvel na cidade de Cabrobó, no Pernambuco.
A investigação apontou, que somente nos primeiros meses de 2023, os suspeitos fraudaram mais de dez benefícios de auxílio reclusão pela internet, montando certidões de nascimento, documentos de identidade, comprovantes de residência e certidões carcerárias falsas, para a aprovação junto ao INSS dos benefícios e a obtenção de direitos a valores retroativos.
Após o recebimento dos benefícios previdenciários, os suspeitos associavam mulheres para se passarem como mães dos supostos filhos dos homens que estariam presos e, assim, comparecerem às agências bancárias para realizarem os saques dos valores liberados.
Fraudes no INSS
Ao longo da investigação duas mulheres foram presas em flagrante delito no momento em que realizavam os saques dos valores, ambas no mês de março deste ano, uma delas em São José dos Campos e outra em Cruzeiro, na região do Vale do Paraíba.
A operação contou com a cooperação da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP) do Ministério da Previdência Social (MPS) e evitou um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões para o INSS.
Os suspeitos responderão pelos crimes de associação criminosa e estelionato qualificado, cujas penas podem chegar a nove anos de prisão.