Muita gente acredita que planejar o futuro é apenas guardar dinheiro. Mas, antes de pensar em quanto poupar, é preciso entender qual é a vida que você deseja ter, e quanto ela realmente custa. Esse cálculo vai muito além de números: envolve avaliar também o seu tempo, sua energia e suas prioridades.
Se não olharmos para isso, corremos o risco de seguir sustentando padrões e hábitos que já não fazem sentido. Como me disse recentemente a Juliana Kaiser, doutoranda em Gênero e Sexualidade na University College London (UCL), mentora de carreira para mulheres e minha parceira no projeto Conexões pelo Mundo, “quando paramos para entender quanto custa a vida que queremos ter, descobrimos que muitas vezes estamos sustentando padrões que não nos representam mais. É nesse momento que abrimos espaço para direcionar recursos para o que realmente tem valor”.
Para começar, descreva como seria a sua vida ideal: onde moraria, como seria a rotina, com quem passaria o tempo e quais experiências gostaria de viver. Depois, estime o custo real para manter esse padrão, desde moradia e alimentação até viagens, cursos e momentos de lazer. Compare com a sua realidade atual e identifique o que já está alinhado e o que precisa mudar.
A partir daí, estabeleça metas financeiras mensais, crie uma reserva para imprevistos e direcione parte da renda para os objetivos mais importantes. Planejar não significa abrir mão do presente, mas encontrar o equilíbrio para viver bem hoje enquanto constrói o amanhã que deseja. Saber quanto custa a vida que você quer ter é o primeiro passo para torná-la possível.



