Polícia analisa imagens das câmeras de prédio onde professor foi encontrado morto em São José

Informação foi divulgada em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (20), no Deinter-1, em São José.

Polícia investiga morte de homem encontrado amarrado em apartamento na zona oeste de São José
Foto: Pedro Coralia/TV Thathi SBT

A Polícia Civil já está analisando as imagens das câmeras de segurança do prédio onde Edson Petronilo Machado da Silva, de 52 anos, foi encontrado morto e amarrado com fios e cabos de eletrodomésticos na noite de terça-feira (17), na zona oeste de São José dos Campos. A vítima era professor da rede estadual de Jacareí.

A informação foi divulgada em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (20), na sede do Deinter-1. A delegada responsável pelo caso, Dra. Cintya Gil Veneziani Dias, disse que a empresa que faz a segurança do prédio cedeu as imagens que estão sendo analisadas pelos policiais.

As câmeras registraram o momento em que o veículo de Edson sai do edifício, mas o motorista não constava no reconhecimento facial da portaria, o que sugere que ele tenha entrado como visitante junto com a vítima. Essa hipótese é reforçada pelo fato de que o carro, o celular e documentos da vítima, além de um de seus cachorros, foram roubados.

Apesar do acesso às câmeras, ainda não existem suspeitas de quem possa ser o autor do crime e nem do horário que ele possa ter ocorrido.

“A gente não descarta nenhuma linha de investigação. Foi registrado como latrocínio, mas não descartamos a linha de um possível homicídio. (…) Estamos analisando, fazendo algumas diligências. As imagens estão sendo analisadas ainda. Ainda não temos o relatório completo do que foi gravado”, afirmou Dra. Cintya.

As investigações seguem sendo realizadas pelo CPJ de São José dos Campos, que agora aguarda os resultados dos exames no Instituto Médico Legal (IML), além do laudo da perícia e a análise das câmeras de segurança. Também foi solicitada a quebra do sigilo bancário da vítima.

Foto: Divulgação/Pedro Coralia

Tentativa de homicídio em 2018

Na coletiva, a delegada disse ainda que a polícia identificou um boletim de ocorrência de 2018 no nome da vítima. O fato aconteceu em 17 de novembro de 2018. Na época, o documento foi registrado após Edson ter sido esfaqueado no mesmo apartamento onde foi encontrado morto.

Segundo o BO, o caso aconteceu por volta das 5h40, quando um vizinho da vítima a encontrou ferida após ter escutado um pedido de ajuda. A Polícia Militar e o SAMU foram acionados e a encaminharam ao Pronto Socorro da Vila Industrial.

As câmeras de monitoramento do prédio mostraram que o professor havia chegado no edifício por volta das 3h30, acompanhado de um homem com uma camiseta branca. Por volta das 5h40, o acompanhante deixou o local vestindo uma camiseta preta e com a que vestia anteriormente nas mãos.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, o vizinho que escutou os pedidos de socorro de Edson contou à polícia que, antes de ser atendido pelo Samu, ele contou que quem o feriu foi um “amigo que queria dinheiro”.

Relembre o caso

A Polícia Civil deu início às investigações na noite de terça-feira (17), quando a vítima foi encontrada morta e amarrada com fios e cabos de eletrodomésticos no apartamento onde morava na Rua dos Piabas, no bairro Jardim Aquarius.

Consta no boletim de ocorrência que a Polícia Militar foi acionada por volta das 17h30 por um homem, de 43 anos, que afirmou que dividia o apartamento da vítima. Ao chegarem ao local, a testemunha disse aos policiais que havia retornado ao apartamento no dia anterior e encontrou Edson deitado no sofá, coberta com um cobertor. No entanto, por achar que ele estaria dormindo, não o incomodou.

No dia seguinte, após retornar do trabalho, o homem encontrou o professor no mesmo local. Ele, então, retirou o cobertor e constatou que seu colega estava morto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a Polícia Militar e a perícia foram acionados.

No local, não foram identificados sinais de violência que pudessem indicar a causa exata da morte. Além disso, foi verificado que pertences da vítima, como o celular, documentos pessoais, um cachorro e o carro já não estavam mais no prédio.

*Texto de Vitor Hugo Fróes

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS