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Polícia apreende projéteis que estavam alojados em vítimas do ataque ao assentamento do MST, em Tremembé

Projéteis estavam alojados em cinco das seis vítimas que foram internadas no Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, após o atentado.

mst tremembé
Foto: Daniel Barbosa/TV Thathi SBT

A Polícia Civil apreendeu, na terça-feira (21), seis projéteis que estavam alojados em vítimas do ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé – relembre o crime abaixo.

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De acordo com o boletim de ocorrência, os projéteis estavam alojados em cinco das seis vítimas que foram internadas no Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, após o atentado.

As balas foram lacradas por funcionários do centro médico e entregues aos policiais, que encaminharam os objetos ao Instituto de Criminalística para perícia. O resultado dos exames não haviam sido divulgados até a publicação desta reportagem.

O ataque aconteceu na noite do dia 10 de janeiro, no assentamento Olga Benário, que fica na Estrada Kanegae. As vítimas e testemunhas informaram a polícia que o local foi invadido por carros e motos durante a noite e as pessoas que estavam dentro dos veículos atiraram contra os moradores do assentamento. Dois homens, um de 52 anos e outro de 28, foram mortos e outras seis pessoas ficaram feridas no atentado.

Foto: Reprodução

De acordo com apuração da TV Thathi SBT, duas vítimas continuavam internadas no Hospital Regional de Taubaté na manhã desta quinta-feira (23). Uma delas, um homem de 29 anos que foi atingido por um disparo na cabeça, encontra-se em coma, mas estável, e deve passar por uma nova cirurgia ainda esta semana.

Já a outra vítima, um homem que não teve a idade revelada, foi atingido na bacia e, nesta quinta, encontrava-se fora de risco, mas ainda sob observação devido à imunidade baixa.

Carros apreendidos

A Polícia Civil apreendeu, na tarde de segunda-feira (20), um segundo carro suspeito de envolvimento no ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé.

Um vídeo, registrado por câmeras de monitoramento, flagrou a abordagem – veja abaixo. De acordo com a corporação, o veículo foi utilizado dois dias após a chacina para retirar e esconder outro carro que participou diretamente do crime.

Vídeo: Divulgação/Polícia Civil

O carro foi apreendido em uma das saídas para a Rodovia Presidente Dutra da cidade após ser identificado por radares de monitoramento. Três pessoas que estavam no veículo foram ouvidas e liberadas. Celulares e documentos foram apreendidos e serão analisados para continuidade da investigação.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Na semana passada, outro carro já havia sido apreendido em Taubaté também com suspeita de participação no crime. O veículo foi encontrado em um terreno baldio no bairro Parque Aeroporto.

Prisões

Até a manhã desta quinta-feira (23), apenas um homem havia sido detido. Ele foi identificado como Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido na região pelo apelido “Nero do Piseiro”. À polícia, o suspeito confessou ter ido ao assentamento, mas negou ter atirado contra os moradores.

Antônio teve prisão temporária decretada e permanecerá detido por, pelo menos, 30 dias. Ele é apontado pela Polícia Civil como mentor intelectual do crime e já tinha antecedente criminal por porte ilegal de arma de fogo.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Outros quatro suspeitos também foram identificados pela polícia, mas ainda não foram presos – as identidades deles não foram reveladas.

Um terceiro homem ainda foi preso logo após o crime por equipes da Polícia Militar por porte ilegal de arma de fogo. Contudo, até o momento, a ligação direta dele com o crime foi descartada, pois há indícios de que ele teria ido ao local para prestar socorro às vítimas.

Gaeco entrou na investigação

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou, na segunda-feira (13), que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai ajudar na investigação do ataque ao assentamento do MST em Tremembé (SP).

O Gaeco informou que o objetivo de atuar em conjunto na investigação com as outras forças de segurança, como a Polícia Civil e a Polícia Federal, “é somar esforços para que o Ministério Público de São Paulo ofereça à sociedade paulista pronta resposta a este episódio de violência”.

A investigação inicial da Polícia Civil aponta que a causa do ataque foi uma disputa por um terreno que faz parte do assentamento. No entanto, como as análises ainda estão no início, a polícia não descarta outros cenários.

Perícia com uso de scanner 3D e drone

A Polícia Civil realizou, na tarde de terça-feira (14), uma nova perícia no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a nova perícia, realizada pela Polícia Técnico Científica, contou com um equipamento scanner que faz análise 3D da área onde ocorreu o ataque, além do uso de drones.

Apesar da ação, ainda não há uma previsão de quando o inquérito do caso deve ser concluído. A investigação é realizada pela Polícia Civil, em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo.

Polícia faz nova perícia em assentamento do MST que foi alvo de ataque em Tremembé
Foto: Reprodução/TV Thathi SBT

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