Uma jovem de 22 anos morreu após ser baleada dentro de um carro na madrugada de domingo (7), em Aparecida. A vítima, Ana Júlia Jacinto Resende, estava com outras três pessoas dentro de uma Land Rover quando o veículo foi alvo de disparos ao passar próximo ao estádio “Penidão”. O caso é investigado como homicídio consumado e tentado, já que outras duas ocupantes também ficaram feridas.
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Segundo registro policial, o grupo havia passado a madrugada em uma festa na Sociedade Hípica de Guaratinguetá e seguiu depois para comer pastel em uma barraca da Feira de Bancas, em Aparecida.
Eles estavam no veículo conduzido por um homem de 34 anos, que utilizava o automóvel pertencente à agência onde trabalha. Além de Ana Júlia, também estavam no carro outras duas jovens.
Ao retornarem da pastelaria, já dentro do veículo, os ocupantes ouviram diversos disparos. Ana Júlia, que estava no banco traseiro direito, foi atingida e começou a sangrar. Segundo depoimentos, as jovens tentaram estancar o ferimento enquanto o homem dirigiu até o Santuário Nacional, em busca de atendimento emergencial.
Imagens das câmeras do local mostram que, nesse momento, um homem não identificado desceu do carro e permaneceu no pátio da Basílica, fato omitido nas versões iniciais das sobreviventes.
Logo depois, o grupo seguiu para o Pronto-Socorro de Aparecida. Câmeras de um estabelecimento vizinho registraram a chegada do carro por volta das 5h17. De acordo com o BO, as imagens mostram o motorista carregando Ana Júlia nos braços até o interior da unidade. As outras ocupantes também desembarcaram rapidamente. A jovem não resistiu ao ferimento e morreu após dar entrada no hospital.
Após deixar a vítima na unidade, o homem saiu sozinho do local e abandonou o veículo no bairro Clube dos 500, em Guaratinguetá. Ele afirmou ter agido por medo do atirador. O carro tinha ao menos quatro perfurações de tiros e foi apreendido para perícia.
Na delegacia, as versões apresentadas entre as outras duas vítimas divergiram em vários pontos, especialmente sobre a presença do homem que aparece nas imagens descendo do carro no Santuário. Uma delas confirmou que havia um amigo no banco dianteiro, enquanto a outra negou repetidamente que qualquer outra pessoa estivesse no veículo. Confrontadas, as duas mantiveram seus relatos contraditórios.
A Polícia Civil também constatou que o motorista não acionou a PM após o ataque, e que o chamado partiu do próprio hospital. O paradeiro do homem ainda não identificado é apurado. A perícia recolheu um fragmento de projétil no interior da Land Rover. O caso segue em investigação pela Delegacia de Guaratinguetá.
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