A segurança da Penitenciária 1 “Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, em Tremembé, no Vale do Paraíba, foi reforçada após a transferência de Ronnie Lessa para o local, na última quinta-feira (20).
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) enviou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a reavaliação da transferência após a entrado do ex-policial militar na penitenciária.
Ele deixou o Presídio Federal de Campo Grande (MS), onde estava detido desde março 2019. Ronnie Lessa é assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, crime cometido no Rio de Janeiro, em março de 2018.
O sindicato informou por meio de nota que o pedido de revogação da transferência do ex-policial é embasado em denúncias recebidas pelo próprio Sifuspesp que apontam um risco de segurança tanto para Lessa, quanto para os policiais penais da unidade e demais servidores. Segundo o sindicato, uma denúncia recebida por e-mail indica que o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa, teria decretado a morte do ex-PM.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou em nota que “recebeu o ofício e esclarece que, desde o ingresso do preso, reforçou a segurança da Penitenciaria I de Tremembé de forma a garantir totalmente a integridade física dele.”
Relembre o assassinato
A vereadora Marielle e seu motorista Anderson foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estavam foi fuzilado, no bairro do Estácio, na região central da cidade.
Lessa é um dos delatores do caso Marielle e apontou, em outros depoimentos, os irmãos Brazão como mandantes do assassinato. Segundo o ex-policial, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), atuaram como mandantes do homicídio da vereadora. Todos estão presos.