Suçuarana: conheça o grupo que ajudou nas buscas pelo universitário

O grupo Suçuarana encontrou um corpo em estado avançado de decomposição, no Parque da Cidade, em São José dos Campos, em local de mata fechada. A descoberta foi durante missão de busca pelo universitário Leonardo, desaparecido desde o dia 23 de dezembro do ano passado.

Durante a semana do dia 19 de janeiro, o grupo foi acionado por uma das amigas do Leonardo pedindo apoio nas buscar pelo universitário. O diretor de operações do grupo, De Campos, fez a triagem e convocação do grupo para a missão. “Na sequência eu monto toda a estratégia de atuação”, explica.

Depois da triagem o grupo começou a fazer analise do terreno por meio de imagens de satélite. “Como o Parque da Cidade já é um local que o grupo tem um certo conhecimento, temos ideias dos pontos críticos, como valas, valetas e rio”, pontuou De Campos.

As técnicas utilizadas pela iniciativa civil foram orientação e navegação terrestre, por meio de analise de terreno e varredura de área de mata fechada. “A equipe que encontrou a vítima também sentiu o odor na mata e tomaram a inicativa de dar atenção maior naquele local”, conclui.

Após inicadas as buscas, em torno de 25 a 30 minutos uma das equipes localizou o corpo, possívelmente do Leonardo.

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A Polícia Civil acredita que possa ser do Leonardo, por conta dos pertences do rapaz, encontrados junto ao corpo, como roupas e documentos. 

O corpo está sendo analisado pela perícia e a resposta para saber se de fato é o corpo do desaparecido será apenas depois do resultado do exame de DNA. Somente após esse procedimento o corpo é liberado, inclusive para o sepultamento. 

A irmã de Leonardo comentou que acredita que o corpo seja mesmo do irmão. Ela agradeceu a todos que ajudaram nas buscas e pediu oração para que os pais tenham força para enfrentar essa situação.

A mãe do jovem também agradeceu a força que a família recebeu nas últimas semanas e disse que o resultado do teste de DNA pode levar meses para sair.

Selva! 

No dia 7 de setembro de 1994, seis pessoas decidem criar o grupo Suçuarana. O grupo possui três unidades pelo território brasileiro. Só em São José dos Campos são mais de 40 membros associados. Em Manaus (AM) são quase 60 e seis membros na cidade de Sorocaba (SP). 

O objetivo do grupo é treinar e aprimorar técnicas e equipamentos para buscas e salvamento em qualquer tipo de ambiente. A Missão do Suçuarana, de acordo com informações do site deles, é “apoiar as entidades municipais, Estaduais e Federais componentes, em situações de salvamento em matas, desastres aéreos, calamidades urbanas ou rurais e campanhas humanitárias”.

Além de incentivar a prática segura de atividades esportivas e radicais, ajudar com atitudes práticas na conscientização e preservação ambiental e  orientar crianças, jovens e adultos de entidades oficiais em atividades ligadas à natureza. 

Divulgação/GS

Organizados, o grupo possui brasão, oração, canção, fardamento e facão oficial (I, II e onça). O Suçuarana é estabelecido há quase 30 anos no Brasil.  

Eles participam de diversos tipos de atividades – que chamam de missão. Entre elas, busca, salvamento, resgate, missões humanitárias, auxílio às forças governamentais e ações de conscientização e preservação do meio ambiente. 

O desaparecimento 

Enquanto passava a temporada de fim de ano na casa de familiares, Leonardo estaria trabalhando, segundo a polícia, em “home office”. A delegacia entrou em contato com a chefe do jovem e declarou que o garoto não a respondia desde a última sexta do dia 23 de dezembro. Ele também não teria entregue os trabalhos que deveriam ser realizados neste período, além de não entrar mais em contato com ninguém da empresa.

A polícia também recebeu uma possível denúncia. Ele teria sido visto “bebendo” com outras pessoas na praça de São Francisco Xavier. No entanto, os agentes procuraram por câmeras de segurança, a fim de encontrar imagens do menino, porém sem sucesso.

Outra denúncia, desta vez feita diretamente para a família, falava que Leonardo teria se hospedado em um hotel no centro da cidade, na véspera de Natal. Os polícias apuraram a informação e realmente localizaram que um rapaz muito parecido com o universitário teria pernoitado no local.

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Edição: Nayara Francesco

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