Nesta quarta-feira (18), os trabalhadores da GM (General Motors) suspenderam a greve e retornaram ao trabalho após 17 dias de paralisação. Cerca de 3 mil metalúrgicos de São José dos Campos retornaram à fábrica, exceto os 839 que foram reintegrados e estão em licença remunerada.
As negociações entre a montadora e os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes chegaram a uma proposta de acordo, aprovada em assembleia. O acordo determina a suspensão da paralisação ao pagamento dos dias parados para todos na fábrica e licença remunerada para quem havia sido demitido. Também foi aprovado aviso permanente de greve, ou seja, caso a empresa não cumpra o acordo, a greve será retomada.
Segundo o Sindmetal, nas reuniões ocorridas na segunda (6) e terça-feira (7), a insistência da montadora em descontar os dias parados teria sido o motivo do atraso no avanço das negociações.
As negociações continuarão nos próximos dias. Uma comissão de sete trabalhadores foi formada e aprovada em assembleia para acompanhar as reuniões.
A GM já havia confirmado o cancelamento das 1.244 demissões nas três fábricas, obedecendo à determinação judicial pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT da 2ª e 15ª) e pelo Tribunal Superior do Trabalho. Uma audiência de conciliação estava prevista para hoje no TRT, mas foi cancelada, em razão do acordo aprovado na assembleia.
Greve dos trabalhadores da GM
A greve dos trabalhadores da General Motors foi unificada entre os cerca de 12 mil metalúrgicos das fábricas no estado de São Paulo, que levou à paralisação de 100% da produção de veículos nesses locais. A paralisação teve início no dia 23 de outubro.