O Open Banking é o novo sistema financeiro que promete dar mais autonomia para o usuário e mais oferta de produtos e serviços. Conheça as funcionalidades do modelo e como ele pode modificar sua vida financeira.
Em tradução literal, Open Banking significa banco aberto ou sistema financeiro aberto. Isso quer dizer que o cliente terá maior controle de seus dados e poderá levá-los ou compartilhá-los com a instituição financeira que oferecer melhores opções e pacotes de serviços ou produtos.
Todas as instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central terão uma espécie de camada de tecnologia padronizada, facilitando e simplificando a comunicação entre as diferentes instituições.
Essa tecnologia é conhecida como API (Application Programming Interface) que em português significa Interface de Programação de Aplicativos. APIs são os padrões de programação de aplicativos, sites ou qualquer outra plataforma na internet. Dessa forma, quando o cliente quiser, ele poderá pedir que o banco compartilhe informações com outras instituições.
Mas, e, na prática, como funciona o Open Banking?
Separamos as principais dúvidas sobre o assunto. Quem responde é a educadora financeira, Luciana Ikedo:
Por que essa ferramenta surgiu?
L.I. – A gente sabe que no Brasil temos cinco grandes bancos que detêm a maioria dos clientes. Muita gente tem uma relação com o banco desde quando nasceu. Como dia minha avó, o banco sabe “de cabo a rabo” da sua vida. Com esse histórico o banco de relacionamento é muito preciso. Já os bancos menores, não possuem essas informações. Para que você tenha mais oportunidade de escolha para saber qual produto bancária vai se adequar melhor a sua realidade. Mas, os outros bancos só vão ter acesso com a autorização do titular.
Essa ferramenta é segura?
L.I. – Hoje a gente tem no Brasil a proteção pela Lei Geral de Dados (LGPD), e quando você compartilha com o banco, só aquele banco [que você escolher] é que vai ter a informação. Então é importante que esse compartilhamento [de dados] seja feito em um ambiente seguro. Não precisa baixar aplicativo nenhum e existe um documento de compromisso que o usuário preciso assinar. E o compartilhamento dos dados não é feita para todas as instituições, é somente para aquele determinado banco que você escolher.
E já têm usuários usando?
L.I. – Nós começamos com o Open Banking no Brasil em 2020, o grande marco foi a partir de 2021. Hoje estão cadastradas no sistema cerca de 15 milhões de pessoas. E a ferramenta passa para uma nova fase, que será chamada de Open Finance. Além dos dados para o usuário contratar um empréstimo ou limite de cheque especial e crédito, agora também haverá a intercomunicabilidade e, assim, os dados de previdência, investimento, cambio e seguros, poderão ser compartilhados.
Edição: Nayara Francesco
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