Economia no material escolar: como ensinar educação financeira às crianças na prática

Luciana Ikedo
Luciana Ikedo
Empresária, palestrante internacional, escritora e especialista em comunicação financeira, Luciana Ikedo possui mais de 28 anos de experiência em finanças e investimentos. Planejadora financeira e empreteca, é reconhecida como autoridade na área, com certificações nacionais e internacionais, além de ser finalista da 2ª edição do Prêmio de Educação Financeira do Instituto XP. Recentemente, lançou pela Editora Loyola o livro Vida Financeira: Descomplicando, Economizando e Investindo. É sócia da RV4 Investimentos, colunista semanal do Jornal A Hora do Vale Dia, transmitido pelo SBT Vale do Paraíba e Litoral, e contribui quinzenalmente para a seção "Você no Azul" da Revista Ana Maria. Formada em Administração de Empresas, Luciana possui MBA Internacional em Gestão Empresarial pela FGV com extensão na Universidade de Ohio, além de MBA em Banking pelo Insper e MBA Executivo em Saúde pela FGV, com extensão na Universidade de Tampa, na Flórida.
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O início do ano letivo se aproxima, e junto dele vem o ritual quase inevitável de pais e filhos em busca do material escolar. Para muitas famílias, essa tarefa vai além da simples escolha de cadernos e canetas: é um teste de paciência e planejamento financeiro. Imagine uma mãe em uma papelaria, negociando com a criança entre o caderno do super-herói favorito e a opção mais econômica, enquanto o orçamento aperta. Esse cenário é mais comum do que parece e pode ser transformado em uma lição prática de economia e consumo consciente.

Confira algumas dicas:

Envolva as crianças no processo

Ao contrário do que muitos imaginam, incluir as crianças na escolha do material escolar pode ser uma oportunidade educativa. Uma boa dica é estabelecer uma cota de dinheiro e permitir que a criança tenha liberdade para escolher os itens dentro desse orçamento. Assim, ela aprende a avaliar o custo-benefício entre produtos mais caros, como materiais de personagens, e opções mais simples e funcionais.

Compra coletiva e materiais usados

Outra estratégia sugerida pela especialista é a compra coletiva, que pode garantir descontos. Quando vários pais se unem para adquirir os mesmos materiais em maior quantidade, é possível negociar preços mais baixos nas lojas. Além disso, reaproveitar materiais usados ou vender itens antigos também pode ser uma alternativa viável. Essa prática não só economiza, como ensina as crianças a cuidarem e valorizar seus pertences, mostrando que é possível reutilizar recursos e destinar o dinheiro economizado a outros objetivos familiares.

Pesquisa e negociação são essenciais

A pesquisa nos dá uma visão ampla do mercado. Hoje, com a internet, é muito mais fácil e rápido encontrar as melhores ofertas com apenas alguns cliques. Pagamentos à vista costumam gerar descontos em torno de 10%, pois as lojas evitam custos com cartões de crédito. Se não for possível, o ideal é parcelar em um prazo curto para evitar acúmulo de dívidas.

Aproveite o que já tem e questione a lista

Itens em bom estado, como mochilas ou estojos, podem ser trocados entre crianças, transformando-se em algo ‘novo’ sem custos adicionais. Além disso, os pais devem questionar itens de uso coletivo, como papel higiênico, que não devem ser cobrados.

Por fim, embora a economia dependa de cada família, os resultados podem ser significativos. Se houver reaproveitamento integral, comprando apenas o necessário, é possível economizar até 100%.

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