Você já parou para pensar em como reage diante de uma notícia de crise econômica ou de uma queda forte na bolsa? Mais do que conhecer o mercado, entender suas próprias emoções diante do risco é um passo essencial para quem deseja investir com segurança. Costumo dizer que, antes de saber onde aplicar, é importante conhecer seu “coração” e seu “estômago”, entender o quanto você está disposto ou disposta a ver seu dinheiro oscilar e como lida com isso.
É por isso que descobrir seu perfil de investidor ou investidora é um ponto de partida tão importante. Ele indica qual é a sua tolerância ao risco, sua capacidade financeira, seus objetivos e o tempo que você tem para alcançá-los. Tudo isso influencia diretamente na escolha dos produtos financeiros mais adequados à sua realidade. De modo geral, existem três perfis principais: o conservador, que prioriza segurança e estabilidade; o moderado, que aceita correr algum risco em busca de retornos melhores no médio ou longo prazo; e o arrojado, ou agressivo, que tem maior apetite por risco e costuma buscar rentabilidades mais altas mesmo que isso envolva mais volatilidade.
Contar com a ajuda de um assessor ou assessora de investimentos pode ser muito útil nessa etapa. Esse profissional está preparado para orientar com base no seu momento de vida e nas suas metas, ajudando a construir uma estratégia mais eficiente e personalizada. Mas isso não substitui o autoconhecimento: estudar, se informar, buscar fontes confiáveis e refletir sobre sua própria relação com o dinheiro são atitudes que fazem diferença não apenas na vida financeira, mas também em outras áreas da sua rotina.
E atenção: seu perfil não é fixo. Ele pode e deve mudar ao longo da vida. À medida que você amadurece, adquire novas responsabilidades ou amplia seu repertório sobre finanças, é natural que sua tolerância ao risco e seus objetivos também evoluam. Uma pessoa que hoje é conservadora pode se tornar moderada no futuro, ou o contrário. Por isso, é recomendável revisar periodicamente o seu perfil, especialmente em momentos de transição, como mudanças profissionais, nascimento de filhos ou planejamento para a aposentadoria.
Independentemente do perfil, o mais importante é manter uma postura de aprendizado contínuo e nunca deixar de investir em você mesmo. Quanto mais conhecimento e clareza sobre suas metas, mais inteligentes e seguras serão as suas decisões financeiras. Afinal, dinheiro não deve ser um fim em si mesmo, mas uma ponte para uma vida com mais liberdade, qualidade e propósito.



