Pós Carnaval – cuidados necessários

Os seus dados nas fraudes mais comuns E agora? O que fazer?

Eduardo Oliveira
Eduardo Oliveira
Dr. Eduardo Oliveira é professor universitário, palestrante, DPO, auditor e consultor em LGPD. É pós-graduado em Gestão (UCP, Lisboa/Portugal). Tem especialização em Auditoria Interna, em LGPD e em Compliance e Governança Corporativa. Graduando em Gestão Pública, professor do curso Compliance Corporativo, professor do curso LGPD, auditor e consultor de Compliance e Inteligência Corporativa. É membro do comitê de Governança da Associação Nacional de Profissionais de Proteção de Dados, da World Compliance Association e da Associação Nacional de Advogadas(os) de Direito Digital. Possui Certificação Internacional Exin e é perito do TJSP nas áreas de LGPD e Compliance. Eduardo também é diretor da Agência de Inteligência, Consulting & Corp, presidente do Instituto Brasileiro de Governança e Proteção de Dados e autor de mais de 30 artigos no segmento de LGPD e Compliance.

O Carnaval é uma época de alegria e celebração em todo o Brasil, mas também é um período propício para a atuação de golpistas e criminosos que se aproveitam da distração e da vulnerabilidade dos foliões.

Tecnologia disponível para todos, as possibilidades de golpe se multiplicam e acontecem numa velocidade incrível. Alguns dos golpes são imediatos, logo após a transação financeira de compra de qualquer bem ou produto, os demais golpes acontecem em até um mês após.

Imagine você que, na boa-fé, preencheu um cadastro um pouco mais completo nesse período de Carnaval. Não foi coincidência. Por parte de estelionatário foi intencional. Ou seja, a coleta de dados pessoais, que fizeram usando os seus dados, vai “alimentar” um conjunto de fraudes nos próximos dias. Esses dados poderiam ser descritos como CPF, email, celular, endereço, cartão de crédito, etc.

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São cadastros preenchidos de forma presencial ou virtual, compras efetuadas de forma física ou virtual, locais onde de forma propícia e oportuna, somos “chamados” a fazer este tipo de cadastro, inserindo em excesso as nossas informações e nossos dados pessoais.

Todos nós temos comportamentos idênticos em determinados períodos, como é o advento do Carnaval. Compramos ingressos, sacamos dinheiro em caixas eletrônicos, compramos uma hospedagem nesse período de folia e efetuamos pagamentos em maquininhas duvidosas, em locais desconhecidos e pouco habituais.

Todos estes acontecimentos juntos, e realizados num curto período, levam ao aumento da vulnerabilidade da sua, da minha e das demais pessoas que têm hábitos normais semelhantes. O que fazer então?

Devemos, em primeiro lugar, como medida preventiva, efetuar alterações de senhas de acesso, de forma a aumentar e dificultar o “acesso não autorizado” de fraudadores, estelionatários virtuais (senhas de acesso ao celular, senhas de bancos, senhas de aplicativos).

Devemos monitorar o nosso CPF, de forma preventiva, uma vez que qualquer tentativa de fraude, como a realização de um empréstimo em seu nome, passará obrigatoriamente pela análise do CPF. Monitorar igualmente o seu e-mail, verificar o seu SPAM.

A comunicação e tentativa de contato e validação dessas operações se dão na maioria das vezes por e-mail. E por fim, se infelizmente foi alvo de um golpe, e conseguiu detectar a tempo, não deixe de fazer um Boletim de Ocorrência e até denunciar tal empresa estelionatária, aquela que usou de um nome (na maioria das vezes falso) para aplicar o golpe, através do site Reclame aqui, ou outros que permitam uma divulgação desse ato criminoso de forma pública.

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