“Em 20 anos, veículos movidos a etanol evitaram emissão de 660 milhões de toneladas de CO2”, diz Unica

Divulgação

A indústria brasileira de etanol quer aumentar o consumo do combustível no Brasil e assumir posição de destaque no processo de transição enérgica.

Neste mês, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) lançou uma campanha para estimular a escolha, divulgar benefícios e, segundo a entidade, derrubar mitos sobre sua utilização.

A diretora executiva da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Patricia Audi foi entrevistada no jornal ‘Nova Manhã’ desta terça-feira (23) e falou de todos os benefícios do uso do produto para o Brasil e para o mundo. Confira abaixo o papo com os jornalistas Roberto Nonato e Michelle Trombelli.

O governo Lula tem discutido a possibilidade de aumentar de 27,5% para 30% a proporção de etanol anidro na gasolina. Parte dos produtores de etanol vinha pressionando o Ministério de Minas e Energia para que fossem cobrados, das montadoras, testes adicionais de desempenho para veículos movidos exclusivamente a gasolina e motocicletas.

A Unica representa cerca de 60% do setor no Brasil. O momento atual, para a entidade, é favorável à ampliação no uso do etanol. “Ao longo de todo o ano de 2023, o biocombustível foi tema central de alguns dos principais fóruns econômicos e ambientais do mundo”, diz nota da Unica.

A participação dos biocombustíveis, na comparação com petróleo, carvão e gás, ainda é ínfima, apontando para uma transição longa rumo à descarbonização.

A entidade que representa as usinas não divulgou uma meta para o aumento no consumo do etanol por meio da campanha. A produção atual de etanol de cana-de-açúcar está em 26,8 bilhões de litros; são 4,6 bilhões de litros para o etanol de milho.

A safra de 2023, que termina oficialmente em março, já é a maior da história com 644,1 milhões de toneladas. O Brasil é o maior produtor mundial de cana e o segundo maior em etanol (a safra 2023/2024 será de 31,4 bilhões de litros). A produção de açúcar, de 42 milhões de toneladas, é recorde.

Na campanha que já está no ar na TV e na Redes Sociais, o humorista Rafael Portugal aborda motoristas, taxistas e frentistas em um posto de combustível para falar das vantagens do combustível.

A Unica também colocou no ar o site www.vaideetanol.com.br, onde o consumidor acessa materiais como uma calculadora que mede a economia, para o meio ambiente, do uso do combustível a base de cana ou milho.

Segundo cálculos da Unica, desde 2003, quando começaram a ser lançados os veículos abastecidos a álcool e gasolina, o consumo do biocombustível teria evitado a emissão de 660 milhões de toneladas de CO2 equivalente. Em 2023, essa redução seria de 41 milhões de toneladas de CO2 equivalente.

Há também uma seção de mitos e verdades -como o de que há necessidade de variar o tipo de combustível nos veículos flex ou de que o desempenho do carro será afetado quando as temperaturas estiverem baixas. Até os anos 1980, carros movidos a álcool tinham dificuldades com a partida, daí a ideia de “esquentar” o motor antes de sair de casa, algo que, com o sistema de partida a frio dos carros flex, não existe mais.

Da Redação com Folhapress

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