‘0071 de Goiás’, ‘adolescente’, ‘blá blá blá Marçal’; veja frases que marcaram debate em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo (SP) participaram, na noite desta quinta (8) e início de madrugada de sexta-feira (9), do primeiro debate ao pleito municipal de 2024. O evento foi realizado e transmitido pela TV Bandeirantes.

O debate teve mais de duas horas de duração. Participaram o prefeito Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB). Em busca da reeleição, Nunes foi o principal alvo dos adversários.

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Datena escolheu Nunes como seu alvo principal durante o evento:

“Nunes quer nível mas ataca também e ataca com a pior das coisas do ser humano, que é a mentira” –

José Luiz Datena (PSDB), em fala ao prefeito Ricardo Nunes, durante o debate

O prefeito também foi atacado por Boulos, que mencionou contratos entre a prefeitura e a empresa de um compadre do emedebista:

“Pedro José Da Silva é o compadre dele que recebeu 10 contratos em obras sem licitação. Que ele escolheu. Escolheu a empreiteira do compadre para ganhar obra. Aliás, numa escolha entre você, a cidade e os amigos do prefeito, ele escolheu decididamente os amigos” – Guilherme Boulos (PSOL), ao questionar o prefeito sobre contratos da prefeitura

Tabata partiu para o ataque contra Pablo Marçal, lembrando que o ex-coach foi condenado pela Justiça em um esquema de fraude a bancos:

“O candidato que está do meu lado foi condenado em um golpe de quadrilha no esquema de fraudes bancárias e eu quero saber o que ele pretende fazer para proteger os idosos que vivem caindo em golpes de Whatsapp” – Tabata Amaral (PSB), ao questionar Pablo Marçal (PRTB)

Marçal aproveitou uma pergunta de Nunes para debochar do prefeito:

“Qual seria sua proposta para que a gente pudesse –a gente já tá batendo recorde de emprego e renda– aumentar ainda mais as oportunidades de emprego e renda na cidade de São Paulo?” – Ricardo Nunes (MDB), ao questionar Pablo Marçal (PRTB)

“Obrigado pela pergunta. Minha primeira proposta é tirar você da prefeitura” – Pablo Marçal, em resposta ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB)

Saco de pancadas da noite, Nunes se defendeu dizendo esperar um debate de alto nível:

“Fico um pouco indignado, a gente espera um debate de alto nível vocês estão vendo aí é só ataque. Não precisa manchar a honra das pessoas. Como você não tem proposta, fica querendo criar história” – Ricardo Nunes (MDB), para Guilherme Boulos (PSOL)

“Pablo Marçal, você vai virar blá blá blá Marçal desse jeito. Nós estamos em um debate sério, estamos falando do futuro da cidade de São Paulo” – Ricardo Nunes (MDB), para Marçal

Marçal foi o franco-atirador da noite, distribuindo bravatas e ofensas:

“Esses politiqueiros que estão aqui, todos eles estão aqui para fazer graça. Essa adolescente que tá aqui, que vive falando que representa as mulheres, essa adolescente precisa amadurecer um pouco. [Para a plateia:] Silêncio! Tem como parar o tempo já que eles estão incomodando aí? A adolescente que vos fala aqui. [Para a plateia:] Vai atrapalhar de novo, torcida kids? É muito simples. É parachoque de comunista” – Pablo Marçal (PRTB), diz a Tabata Amaral (PSB)

Foi criticado por seu discurso de coach e propostas rasas:

“São Paulo não está precisando de carro voador, de candidato que diz que dá murro em tubarão que é o 0071 goiano que está aqui em São Paulo, que dá solução que não existe. O que São Paulo precisa é de gente série, honesta, competente” – Tabata Amaral, questionada por Pablo Marçal (PRTB)

E acusado de ser psicopata:

“Você ainda vai voltar para cadeia por causa das mentiras. Gente, sendo muito franco, isso não é brincadeira de internet, isso é um debate para eleger o prefeito da principal cidade do Brasil. Ouvindo ele falar parece que a gente tá diante de um psicopata porque ele fala e acredita na mentira. Você deveria buscar tratamento” – Guilherme Boulos (PSOL), rebatendo fala de Marçal (PRTB)

Tabata também questionou o prefeito sobre boletim de ocorrência de violência doméstica feito por sua mulher em 2011:

“A sua esposa lhe acusou de ter sofrido agressão. Registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. Toda mulher sabe que essa é uma decisão muito difícil” – Tabata Amaral (PSB), para Ricardo Nunes (MDB)

Em sabatina da Folha/UOL, o prefeito alegou que o BO era forjado. Foi desmentido pelo Governo do Estado no dia seguinte. Durante o debate, voltou a negar ter ocorrido agressão:

“Olha, Tabata. Eu nunca levantei um dedo para a minha mulher. Nunca levantei um dedo para a minha mulher, que inclusive está aqui. Estamos juntos há 27 anos” – Ricardo Nunes (MDB), para Tabata Amaral (PSB)

VICTÓRIA CÓCOLO E MARCOS HERMANSON / Folhapress

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