SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Abel Ferreira encerrou o “voto” de silêncio do Palmeiras após empate com o Internacional, no domingo (16), pelo Campeonato Brasileiro, mas ainda não conseguiu recolocar o time no caminho das vitórias.
Segundo o treinador, o clube alviverde precisa acompanhar a evolução da concorrência com contratações pontuais.
Abel lidou com o jejum de vitórias de forma natural e preferiu exaltar os sacrifícios de seus jogadores. O comandante afirmou que nomes como Rony e Zé Rafael não estavam 100% na eliminação para o São Paulo na Copa do Brasil.
O português reforçou o discurso de Anderson Barros, diretor de futebol, sobre a busca de contratações pontuais. Abel destacou que o Palmeiras se tornou “o alvo” das demais equipes, que têm se reforçado, e que o Alviverde precisa acompanhar a evolução.
O treinador ainda exaltou seu elenco e afirmou que alguns de seus atletas foram procurados nesta janela de transferências. Ele, porém, deixou claro que o clube não planeja novas saídas Rafael Navarro, Bruno Tabata e Vinicius Silvestre deixaram o alviverde.
O assédio teria “mexido com a cabeça dos jogadores”, segundo Abel. O comandante destacou também uma queda física de alguns de seus atletas.
**O que disse Abel Ferreira**
Sacrifício no clássico: “Nós somos muito fortes quando estamos todos. […] Ninguém tem dúvidas que o Zé é o nosso melhor jogador [na posição cinco], infelizmente jogou super limitado. O Rony se lesionou gravemente no jogo do Athletico, jogou conforme podia contra o São Paulo”.
Contratações: “Há um adversário que tem o triplo dos nossos torcedores, gasta o triplo do que nós gastamos em contratações, porque tem esses recursos, e olhou assim: ‘nós já jogamos duas vezes com eles em finais e levamos na cabeça, então, internamente temos que fazer mais qualquer coisa’. E nós temos que acompanhar isso, com trabalho, dedicação e pontualmente, sim [ contratações]”.
Fala de Anderson Barros: “Acho que o Barros foi muito claro no que disse. Eu não preciso vir aqui criticar [a diretoria]. Acho que o Barros foi muito claro e não precisa criar uma confusão entorno do Palmeiras, porque nós vamos perder”.
Janela de transferências: “Pelo sucesso recente que tivemos, neste mercado que abriu, não só o treinador porque tive ofertas a ganhar o dobro do que estou a ganhar aqui, para onde foram patrícios meus. É normal que os meus jogadores também tenham sido [procurados] para sair, mas não podemos [liberar]. E não foi um, foram vários. É normal que isso mexa com a cabeça dos jogadores”.
**Palmeiras no mercado**
Prioridade é a contratação de um camisa 5. O clube ainda busca um jogador para repor a saída de Danilo, no início do ano, para o Nottingham Forest.
Anderson Barros, porém, mencionou por diversas vezes “dificuldades” em concretizar tal contratação: “Estamos buscando um camisa 5, um volante, mas com dificuldades para tal, temos a tranquilidade e inteligência para não cometer erros que podem prejudicar”.
A janela de transferências do meio do ano acaba em 2 de agosto, um dia antes do primeiro duelo contra o Atlético-MG pela Libertadores.
Segundo Barros, Abel Ferreira faz pressão para que novas contratações cheguem ao elenco. Este ano, chegaram o meio-campista Richard Rios e o atacante Artur.
“O Abel é extremamente exigente e competitivo. Ele nos cobra o tempo inteiro, mas ele tem consciência do que fazemos no dia a dia”, contou Anderson Barros na última semana.
Redação / Folhapress