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Acidente no Cristo Redentor fere turista chileno

RIO DE JANEIRO, RJ E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um turista chileno se feriu em acidente durante missa na manhã desta quinta-feira (17) no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Ele foi atingido por um pedestal que foi derrubado pelo vento e teve escoriações na cabeça e na perna.

A estrutura que caiu sobre o turista é considerada irregular pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que já determinou a suspensão de eventos sem autorização prévia no local à Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, entidade ligada à igreja católica que gere a instalação.

Segundo o Santuário Cristo Redentor, o pedestal foi derrubado por uma rajada de vento no momento em que a celebração da missa estava sendo preparada. A estrutura tem 1,5 metro de altura e suporta a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O jovem atingido foi atendido por UTI Móvel do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e liberado em seguida. Segundo o boletim médico, ele sofreu leves escoriações na região frontal da cabeça e na perna esquerda. Relatou aos médicos sentir dor de cabeça e náuseas.

Na semana passada, o Iphan realizou uma vistoria no platô do Corcovado, como é chamada a área de concreto sob a estátua, e determinou que a Mitra pela autorização prévia para a realização de eventos religiosos no local, o que não ocorreu.

Na tarde desta quinta, após o acidente, o Iphan enviou ofício à Mitra e exigiu a desmontagem imediata de quaisquer estruturas relacionadas ao acontecimento.

O Iphan proibiu a remontagem até que a Mitra apresente um pedido formal para instalar as estruturas. O Cristo Redentor é tombado a nível federal e quaisquer intervenções ou eventos que impactem o monumento devem ser autorizados pelo Instituto.

Segundo o órgão, “apesar de todas as comunicações já realizadas para a Mitra, os eventos organizados pela Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro não são submetidos à análise e aprovação do Iphan”. O instituto também acionou a Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, por conta do ingresso de visitação ao Cristo pago pelo turista.

Em nota, o ICMBio ressaltou que “o acesso à área de visitação do platô do Alto Corcovado deve permanecer livre para o uso dos turistas dentro do horário de visitação”.

A administração do santuário afirmou que “missas e celebrações são realizados diariamente aos pés do monumento, respeitando rigorosamente os protocolos de segurança”.

“O Santuário lamenta profundamente o ocorrido, reforça seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos visitantes e reitera sua disposição em colaborar com as autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos”, disse.

O Santuário vem protagonizando embates com o Iphan e com o ICMBio, responsável pela gestão do Parque Nacional da Floresta da Tijuca. Em março, a morte de um visitante por parada cardíaca gerou disputa sobre de quem é a responsabilidade pelo atendimento de emergência no local.

O turista gaúcho Jorge Alex Duarte, 54, passou mal nas escadarias do Cristo Redentor, levando à interdição do ponto turístico por dois dias. A Delegacia do Consumidor abriu investigação sobre crimes contra relação de consumo e omissão de socorro no caso.

Nesta segunda (14), o Iphan enviou ofício ao ICMBio e à Mitra Arquipiscopal solicitando revisão geral da rede elétrica do Cristo Redentor após vistoria identificar risco de incêndio na floresta ao redor da estátua devido a instalações elétricas em condições precárias e a fiação fora das normas técnicas.

NICOLA PAMPLONA E GABRIEL GAMA / Folhapress

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