RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Acordo para reparação de tragédia de Mariana ficará em cerca de R$ 170 bilhões, diz Vale

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) -A Vale informou nesta sexta-feira (18) que os termos gerais do acordo de reparação da tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015, preveem o pagamento de cerca de R$ 170 bilhões em recuperação das áreas, indenizações e programas compensatórios.

Deste total, R$ 38 bilhões já foram pagos pela Samarco em remediações e compensações. A empresa, que é controlada pela Vale e BHP, desembolsará outros R$ 32 bilhões com indenizações individuais, reassentamentos e recuperação ambiental.

Os R$ 100 bilhões restantes serão pagos ao longo de 20 anos aos governos federal e de Minas Gerais e a prefeituras de municípios atingidos para financiar programas e ações compensatórias vinculadas a políticas públicas, disse a mineradora.

“Os termos gerais em discussão visam termos justos e eficazes para uma resolução mutuamente benéfica para todas as partes, especialmente para as pessoas, as comunidades e o meio ambiente impactados”, afirmou a Vale, em nota.

Ao mesmo tempo, completou a empresa, “criam definição e segurança jurídica para as companhias”, que poderão definir melhor em seus balanços os valores comprometidos com a reparação, hoje alvo de ações judiciais no Brasil e no exterior

O fechamento do acordo já era previsto para este ano e entrou na lista de prioridades do novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, que assumiu no início do mês prometendo melhorar a relação da companhia com governos.

A demora na solução vinha sendo alvo de críticas do governo Lula (PT), ao mesmo tempo em que tentava influenciar no processo de sucessão do presidente anterior, Eduardo Bartolomeo, para indicar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a reclamar de dificuldades para negociar com uma empresa “acéfala”, enquanto a Vale seguia trâmites internos para a escolha de um novo presidente.

A Vale disse que o acordo final ainda depende “da celebração de termos e condições de e da documentação final e definitiva, com aprovações e assinatura pelas partes”, incluindo seu conselho de administração.

Ainda segundo a empresa, o acordo pode “abrir caminho para a solução definitiva de todas as controvérsias constantes das ações civis públicas e demais processos movidos pelos poderes públicos brasileiros signatários, relativos ao rompimento da barragem Fundão”.

A tragédia aconteceu em 5 de novembro de 2015, com o rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da Samarco, provocando 19 mortes e causando um rastro de destruição que chegou ao litoral do Espírito Santo.

Na próxima segunda-feira (21), um megajulgamento em Londres levará a BHP para o banco dos réus, em um processo que se anuncia longo.

NICOLA PAMPLONA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS