Adolescente baleada por engano na Maré está estável e segue internada no RJ

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A adolescente baleada ao entrar por engano no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, tem quadro de saúde estável, mas segue internada.

A menina passou por cirurgia e está estável. Ela está sendo observada no no CTI (Centro de Terapia Intensiva) e não há previsão de alta até o momento, informou o Hospital Estadual Getúlio Vargas ao UOL nesta quinta-feira (19).

O intestino da adolescente foi perfurado e agora ela precisa usar bolsa de colostomia. A jovem foi atingida na região da coluna quando ela e o pai entraram na Maré e tiveram o carro alvejado. Os dois, moradores de Belo Horizonte, estavam no Rio de Janeiro para irem ao consulado dos EUA.

Adolescente está consciente e já fala com os médicos. A direção do hospital também disse que a família está recebendo apoio dos serviços de assistência social e de psicologia.

FAMILIARES RELATAM O SUSTO

Vítima não percebeu que havia sido baleada. ”Eles deram uns seis ou oito tiros, eu olhei para ela e perguntei ‘pegou em você?’, ela respondeu que não e eu continuei acelerando. Quando eu consegui sair, ela encostou e disse ‘papai, tomei um tiro sim”’, relatou o pai à TV Globo.

”O dia estava feliz, íamos para praia”, acrescentou o homem. Ele ainda conta que estava distraído e quando viu já estava dentro do Complexo: ”Parece que o GPS já recalcula a rota te levando para aquela comunidade. E aí você está distraído e quando vê está lá dentro”.

Tia da adolescente descreve episódio como ‘misto de choque, susto e insegurança’. Nas redes sociais, ela contou estar abalada e anestesiada com o que aconteceu. ”Um sentimento inexplicável de gratidão a Deus pelo livramento”, escreveu.

CASTRO COBRA GOVERNO FEDERAL

A adolescente foi levada ao Hospital Getúlio Vargas no momento em que a unidade inaugurava a primeira fase das obras de reforma. O governador Cláudio Castro, que participou do evento, associou o incidente ao governo federal.

“A gente trabalha para que coisas como essa não aconteçam mais. Nós temos uma questão de excesso de armas nas comunidades”, disse. “Isso vem entrando pelas nossas fronteiras todo dia. O Governo Federal precisa apertar os países vizinhos, precisa apertar portos e aeroportos, que não são áreas que o estado possa agir”, acrescentou.

Redação / Folhapress

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