Adolescente suspeito de planejar ataque é apreendido em SP após alerta da Embaixada dos EUA

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Um adolescente de 17 anos foi apreendido nesta quinta-feira (1º) em Itanhaém, na Baixada Santista, sob suspeita de planejar um ataque contra uma escola. Com ele foram encontrados objetos de temática nazista.

De acordo com a Polícia Civil, o pai do adolescente, de 47 anos, foi preso e permanece à disposição da Justiça, assim como o filho. Policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Itanhaém cumpriram os mandados de busca e apreensão na casa do jovem após um alerta emitido pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Foram apreendidas facas, duas armas de fogo, camisetas com simbologia nazista, um capacete com uma suástica, dois telefones celulares e um videogame. Também foram recolhidos cadernos com anotações, contendo frases como white power (poder branco, em inglês) e a saudação nazista sieg heil, além do plano de ataque a uma escola.

Dentre outros artigos de temática nazista, o adolescente tinha duas edições do livro “Minha Luta” (“Mein Kampf”), de Adolf Hitler.

De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o adolescente era investigado por fazer publicações racistas, antissemitas e supremacistas. A corporação afirmou, em nota, que “mais detalhes serão preservados para evitar o ‘efeito contágio’, ou seja, que outros jovens tentem reproduzir as ocorrências”.

Em comunicado, a Embaixada dos Estados Unidos disse que a HSI (Agência de Investigações de Segurança Interna, na sigla em inglês) “colaborou com as autoridades brasileiras para identificar um indivíduo propenso à violência escolar e que representava uma ameaça significativa para mulheres e crianças”.

A embaixada destacou que a colaboração entre as forças de segurança do Brasil e dos EUA ocorre por acordos bilaterais aprovados pelo Ministério da Justiça.

“Neste momento em que celebramos 200 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, ambas as nações reforçam seu compromisso em proteger famílias, compartilhando experiências e melhores práticas no combate a crimes cibernéticos, especialmente aqueles que ocorrem no ambiente escolar”, conclui a nota.

CARLOS VILLELA / Folhapress

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