RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Preso preventivamente na segunda-feira (4) pela Polícia Federal por suposto envolvimento em um esquema de garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi, Roraima, Matheus Possebon foi afastado da Opus Entretenimento. Na noite desta quarta-feira (6), a empresa enviou uma nota informando o desligamento do empresário e negou a participação como sócio na agência.
“Matheus Possebon atuava como prestador de serviços na realização de shows, turnês e agenciamento de carreiras, sem participação na sociedade da empresa. E, até os devidos esclarecimentos, ele está afastado das atividades da companhia”, diz o comunicado.
A empresa também responsável pelo gerenciamento da carreira de outros artistas como Daniel, Maurício Manieri, Seu Jorge, Munhoz & Mariano e Ana Carolina, entre outros, alega desconhecer quaisquer atividades irregulares realizadas por pessoas ligadas à Opus e reforça que não é citada na Operação Disco de Ouro da PF.
Investigado na operação que apura a existência de um esquema de lavagem de dinheiro de garimpo ilegal em terras indígena, Alexandre Pires apagou do Instagram o nome do empresário. Possebon aparecia no perfil do pagodeiro como “manager” até segunda-feira (4), mas na terça-feira (5), o nome desapareceu.
A defesa de Alexandre Pires informou que ele “não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena”. Existe a suspeita de que Possebon seja um sócio oculto de uma mineradora e tenha transferido quase R$ 1,4 milhão a Alexandre Pires em um esquema de lavagem de dinheiro. A organização movimentou nos últimos anos cerca de R$ 250 milhões.
A operação foi deflagrada pela PF nesta segunda-feira (4) para investigar a exploração ilegal de cassiterita da Terra Indígena Yanomami, Roraima e lavagem de dinheiro com o garimpo ilegal. Matheus Possebon e o dono da Betser, Christian Costa dos Santos, foram presos. O cantor teve o celular apreendido e responde em liberdade.
Redação / Folhapress