RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Susana Vieira, Betty Faria, Gloria Perez, Viviane Araújo e Ricardo Linhares foram alguns dos famosos que prestigiaram o lançamento do livro “Meu Passado me Perdoa”, de Aguinaldo Silva, 81. O evento aconteceu na noite nesta quinta-feira (18), no Rio, e antes da noite autógrafos propriamente dita, o autor participou de um bate-papo contando sobre a obra.
Aguinaldo relembrou alguns fatos de suas memórias, que são o mote do livro e, claro, exaltou a novela como um dos elementos mais forte da cultura brasileira. “Sempre li muito e não conheço nenhum exemplo da literatura nacional que tenha decodificado tanto os nossos costumes como as novelas”, disse, antes de dar uma cutucada na ABL.
Ele apontou Gilberto Braga (1945-2021), de “Vale Tudo”, “Dancin’ Days” -só para ficar em dois exemplos-como um dos melhores autores que conheceu na vida. “Gilberto deveria ter se tornado um imortal da ABL, mas nunca foi cogitado pela Academia Brasileira de Letras. Ele fez novelas brilhantes. Daqui a 50, 20 anos, quem quiser saber como era o Brasil vai encontrar a resposta na novela e não na literatura. Eu acho”, concluiu Aguinaldo.
Ele havia combinado de conversar com jornalistas no final do lançamento, mas não o fez. Deu tchau para os profissionais de imprensa sem atendê-los. O autor reclamou de “muito cansaço” por causa de uma rotina intensa nos últimos dias -na última terça (15), ele havia promovido noite de autógrafos em São Paulo.
Enquanto Aguinaldo dizia estar esgotado, Susana Vieira estava mais Susana Vieira do que nunca. Esfuziante e animada, estava cheia de disposição para falar sobre ela mesma, sobre sua carreira, e também sobre as novelas em geral.
A atriz elegeu Maria do Carmo, protagonista de “Senhora do Destino” (2004), escrita por Aguinaldo, como o trabalho mais importante de sua carreira e enalteceu o autor. “Foi um trabalho memorável. Essa novela me levou da classe econômica para a primeira classe no avião da Globo”, brincou.
Susana disse que se assusta com o andamento acelerado das novelas atuais. “A gente vê uma grande bagunça no ar entre novela e comerciais. Você só vê que agora é novela das oito porque é um povo de terra, tudo mal vestido. Esse ritmo está deixando a gente estressado”.
ANA CORA LIMA / Folhapress