SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (30) os vencedores da edição deste ano do festival, durante a cerimônia de encerramento na Cinemateca Brasileira.
O evento homenageou Vladimir Carvalho, documentarista morto em outubro, e contou com a presença de Francis Ford Coppola, que recebeu o prêmio Leon Cakoff antes da exibição de “Megalopolis”.
“Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, foi coroado pelo público como o melhor filme nacional de ficção da Mostra. “Um filme se completa no olhar do outro”, disse Salles, ao receber o prêmio no palco da cerimônia. “Esse filme é sobre Eunice Paiva, que lutou pela memória de sua família e do país. Receber esse prêmio na Cinemateca, que guarda a memória audiovisual, é extraordinário.”
“O Caso dos Estrangeiros”, de Brandt Andersen, foi escolhido pelo público como o melhor longa internacional de ficção, e “Três Obás de Xangô” e “Balomania” foram eleitos como os melhores documentários.
Já o júri da Mostra, formado pelo iraniano Mohsen Makhmalbaf, Camila Pitanga, Hebe Tabachnik, Gonçalo Weddington, Kyle Stroud e Thierry Méranger, premiou “Hanami” e “Familiar Touch”, em dupla, como melhores longas internacionais de ficção e “No Other Land” e “Sinfonia da Sobrevivência” como melhores documentários.
O prêmio da crítica coroou “Manas”, de Marianna Brennand, que faz um retrato delicado da situação de meninas ribeirinhas expostas a violência sexual, e “Levados pelas Marés”, de Jia Zhangke, um relato de 20 anos de transformações na sociedade chinesa narradas por um romance, como melhor filme nacional e internacional, respectivamente.
O prêmio Abraccine de melhor longa-metragem foi dado a “Intervenção”, de Gustavo Ribeiro, enquanto “Hanami” venceu o prêmio Brada de melhor direção de arte, por “Mathé”. Raoul Peck, diretor de “Ernest Cole: Achados e Perdidos”, vendeu o premio Humanidade foi ao diretor
O filme “Serra das Almas”, de Lirio Ferreira, venceu o prêmio Netflix, que garante distribuição no streaming. Outro prêmio de incentivo ao cinema nacional da Mostra, o Paradiso, foi concedido ao filme “Malu”, de Pedro Freire.
ALESSANDRA MONTERASTELLI / Folhapress