O projeto de lei que determina a privatização da Companhia de Água e Saneamento de São Paulo, a Sabesp, poderá ser votado na próxima segunda-feira (4). O anuncio foi feito pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado André do Prado (PL).
O projeto foi levado nesta terça-feira (28) ao plenário – mesmo dia da greve unificada, em protesto às privatizações do metrô e da Sabesp – após ser analisado e aprovado nas comissões. Como foram apresentadas duas emendas, as novas votações devem ocorrer até sexta-feira (1), quando termina o regime de urgência pedido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e quando deve ser anunciada oficialmente a convocação da votação.
O governo estadual tenta aprovar o projeto através de Lei ordinária, que exige maioria simples de votos para aprovação. Ou seja, que 48 dos 94 deputados, votem a favor.
A oposição recorre à justiça alegando que a venda da estatal só poderia ser feita através de proposta de emenda à constituição.
A expectativa é de que a votação do projeto aconteça entre os dias 4 e 6 de dezembro.
A estatal foi fundada m 1973 é uma das maiores empresas de saneamento do mundo a privatização foi promessa de campanha do atual governador. Apesar disso, uma pesquisa datafolha de abril apontou que 53% dos paulistas são contrários à privatização.
Trabalhadores da Sabesp, do metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Apeoesp) com apoio de demais entidades pararam nesta terça-feira (29) em protesto às privatizações.
Os trabalhadores, que pediam o fim dos projetos de desestatização e o veto no corte da educação previsto para o próximo ano, também pediam a realização de um plebiscito para que a população participasse da decisão de haver ou não as privatizações.