SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dos pontos que bolsonaristas contestam no relatório da Polícia Federal sobre a suposta trama para matar Lula e Geraldo Alckmin é a menção genérica à composição de um eventual gabinete de emergência que tomaria o poder no Brasil após o golpe.
O trecho cita “alguns nomes de menor relevância” que fariam parte da estrutura ao lado das principais lideranças, mas não são nominados.
Isso, na visão de um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, demonstraria que a PF é quem define quem são os implicados de maior ou menor relevância. Seria uma prova de arbitrariedade por parte dos investigadores e uma espécie de “self-service de provas”.
O chefe do gabinete golpista, segundo a apuração da PF, seria o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e a coordenação-geral do órgão estaria a cargo do general Braga Netto, que foi ministro da Defesa.
Também estariam escalados, entre outros, o general Mario Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, e o coronel Elcio Franco, ex-número dois da pasta da Saúde. Entre os civis, o único citado é Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência da República, que seria o responsável pela área de relações institucionais.
FÁBIO ZANINI / Folhapress